Número de casos de Covid-19 quadruplicou em MG em um mês e já são 70 mil
Apesar de ainda parecer um pouco distante, a ascensão da curva epidemiológica é preocupante e apenas entre quinta-feira (9) e esta sexta-feira (10), cerca de 3.200 novos registros da infecção entraram para a lista de casos da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
Somados estes novos índices, Minas Gerais alcançou pela primeira vez um número de casos confirmados acima de 70 mil – nesta sexta-feira, há confirmação de 70.086 diagnósticos positivos da Covid-19, enquanto ainda na quinta eram 66.864. Um alerta da proximidade do pico é que a quantidade de mineiros infectados com o coronavírus mais que quadruplicou em apenas 30 dias – eram 17.501 em 10 de junho.
Um dia após alcançar um novo recorde de mortes registradas pelo órgão estadual no curto período de um dia para o outro – 90 apenas entre quarta (8) e quinta-feira –, o Estado tornou a confirmar uma elevada quantidade de óbitos em função da doença nesta sexta-feira (10). Cinquenta e nove mortes entraram para a lista nesta manhã e somadas às registradas anteriormente aponta para 1.504 mineiros ou moradores de Minas Gerais perdidos na batalha contra a Covid-19.
O número é cerca de três vezes e meia maior que aquele existente há exato um mês. Significa que 1.096 mortes entraram para o relatório apenas nos últimos 30 dias, uma média entre 36 e 37 novas confirmações a cada 24 horas. A estatística, além disso, demonstra que o pior período da pandemia começou no sexto mês do ano e se estenderá, pelo menos, até metade do sétimo. O Estado de Minas Gerais acredita que o pico da pandemia acontecerá em 15 de julho e que, nesta data, cerca de 2.500 pessoas precisarão de internação hospitalar para cuidados com a doença.
Relatório mais recente publicado pela Saúde indica a elevada demanda por leitos de UTI e enfermaria. Até o momento, 8.602 mineiros necessitaram de hospitalização nas redes pública ou privada para tratamento da doença. Este número refere-se àqueles casos já confirmados pelo Estado.
Entretanto, há ainda um dado mais alarmante: segundo a Secretaria, houve um aumento de 971% na demanda por hospitalizações em função da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) se comparados os sete primeiros meses deste ano com o mesmo período do ano passado. O quadro sintomático que caracteriza a síndrome é extremamente próximo daquela da Covid-19.
Alerta nos municípios
Além de atacar os principais centros urbanos de Minas Gerais, entre eles Belo Horizonte e Uberlândia que concentram sozinhos cerca de 18 mil casos de Covid-19, a pandemia também tem se alastrado pelos municípios mais afastados no interior do Estado. Setecentos e cinquenta e duas cidades mineiras têm, atualmente, pelo menos um morador infectado ou uma morte causada pela doença. O número indica que há casos em 88% das cidades – apenas 101 estão imunes, como Serra da Saudade que é o menor município do Brasil. As mortes aconteceram em 293 cidades, destacando um índice de letalidade da doença próximo de 2,1%.
Fonte: O Tempo