COVID-19: São Paulo anuncia vacinação a partir de 25 de janeiro
O governo de São Paulo anunciou, nesta segunda-feira (7/12), que a vacinação contra a COVID-19 começará em 25 de janeiro, exatamente no dia do aniversário de São Paulo.
Serão 18 milhões de doses nessa primeira fase e, de acordo com o plano, o público-alvo são pessoas idosas, acima de 60 anos, que correspondem a 7,5 milhões de pessoas. Os profissionais de saúde, indígenas e quilombolas do estado representam 1,5 milhões. No total, são 9 milhões de pessoas, que, segundo o governo de São Paulo, corresponde a 77% dos óbitos pelo novo coronavírus no estado.
O governo paulista aguarda o resultado do estudo sobre a eficácia da CoronaVac, que deverá ser divulgado na semana que vem. Caso tudo esteja de acordo, o registro na Anvisa será pedido de forma imediata. A vacina está sendo desenvolvida pela biotech chinesa Sinovac e que será produzida pelo Instituto Butantã.
A vacinação será gratuita e em duas aplicações, a primeira dose em 25 de janeiro e a segunda, em 15 de fevereiro, para profissionais de saúde, indígenas e quilombolas.
A seguir, os outros grupos:
– De 65 a 69 anos, 22 de fevereiro e 15 de março;
– De 60 a 64 anos, 1º de março e 22 de março.
Eficácia comprovada
A aplicação da Coronavac está condicionada à apresentação dos resultados de eficácia da vacina, o que ainda não ocorreu, e ao posterior registro do produto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Butantã promete divulgar os dados de eficácia até 15 de dezembro e entrar com pedido de registro de imediato.
O acordo entre o Butantã e a Sinovac prevê o recebimento, ainda neste ano, de 6 milhões de doses prontas do imunizante e matéria-prima para a produção de outras 40 milhões de doses. Em 2021, seriam trazidos insumos para a fabricação de mais 14 milhões, totalizando 60 milhões de unidades, o suficiente para imunizar 30 milhões de pessoas.
O Butantã tenta, há meses, firmar acordo com o Ministério da Saúde para que a vacina seja incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e aplicada em todos os Estados, mas a resistência do presidente Jair Bolsonaro em comprar a vacina impediu a parceria.
Fonte: Estado de Minas