Zema diz que compra de vacinas ficará a cargo do Ministério da Saúde
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), reforçou que a vacinação contra a Covid-19 será conduzida nacionalmente pelo Ministério da Saúde. Em entrevista à CNN Brasil na tarde desta terça-feira (8), ele foi questionado se pretende adquirir parte das 4 milhões de doses da Coronavac que o governo de São Paulo promete a disponibilizar a outros Estados e não afirmou se comprará a vacina para os mineiros.
“Caso ela venha a ser autorizada pela Anvisa, não só Minas como qualquer Estado vai ter interesse, sim, mas ressalto que essa questão de aquisição e distribuição das vacinas será feita a nível nacional e federal”, disse. A reportagem questionou o governo do Estado se isso significa que Minas não vai adquirir vacinas diretamente com fabricantes e aguarda retorno. Outro governadores, como Gladson Cameli (Progressistas), do Acre, e Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, disseram hoje que visitarão o Instituto Butantan para avaliar a produção da Coronavac.
Zema participou de reunião com o ministro Eduardo Pazuello, junto a outros governadores e secretários de Saúde de todo o país, na manhã de hoje. “Nenhum município e nenhum Estado será prejudicado ou privilegiado com relação à vacinação. O que será votado serão critérios juros, ou seja, terão prioridade pessoas mais idosas, inicialmente aquelas com mais de 75 anos, os profissionais de saúde, e assim sucessivamente, conforme critérios já anunciados. Até o momento, nenhuma vacina foi aprovada pela Anvisa”, lembrou, em um vídeo publicado no Twitter pouco depois do encontro ministerial.
Reunião com ministro da Saúde para falar sobre a vacina contra o coronavírus.
De acordo com Eduardo Pazuello, a expectativa é de que a campanha de vacinação seja iniciada entre janeiro e fevereiro de 2021. pic.twitter.com/nB0hijFxhb
— Romeu Zema (@RomeuZema) December 8, 2020
Na reunião, o ministro Eduardo Pazuello entrou em conflito com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e disse que comprará a vacina Coronavac “se houver demanda e preço”. Em princípio, o ministro diz que o Brasil contará com 300 milhões de doses de imunizantes em 2021, número que não inclui a opção de origem chinesa que será fabricada em São Paulo. Pazuello prevê que o registro das vacinas na Anvisa ocorra a partir de fevereiro.
Fonte: O Tempo