Bolsonaro descarta prorrogação de auxílio emergencial novamente
Durante o discurso, direcionado sobretudo a investidores estrangeiros, o governante garantiu que respeitará o teto de despesas . A decisão vai contra a pressão popular, que tem se manifestado em favor do pagamento de novas parcelas diante da piora da pandemia no país.
“Não vamos deixar que medidas temporárias relacionadas com a crise se tornem compromissos permanentes de despesa, nosso objetivo é passar da recuperação baseada no apoio ao consumo para um crescimento sustentável”, afirmou em um evento do Credit Suisse por meio de videoconferência, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do titular da pasta das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Após Bolsonaro, Guedes afirmou que, em vez de pagar o benefício, o governo poderá congelar gastos e aumentar os salários durante o avanço da doença. “É um caso agudo de calamidade pública”.
Auxílio emergencial não será prorrogado
Em sua fala, o presidente garantiu que, “apesar da covid”, será mantido o compromisso com investidores, empreendedores e empregados. Segundo ele, o governo não ultrapassará o teto de gastos, instituído em 2016. Em linhas gerais, a regra fiscal impede que as despesas em um ano ultrapassem a inflação de 12 meses acumulada até junho do ano anterior.
Economistas acreditam que será um grande desafio cumprir essa promessa em 2021. Afinal, o Brasil vive não só uma crise sanitária, mas também econômica. Entre agosto e outubro de 2020, a taxa de desemprego foi de 14,3%, atingindo 14,1 milhões de pessoas. A estimativa, contudo, é que o índice suba para 17% neste ano.
Entre outras informações divulgadas durante o evento, o presidente também prometeu acelerar as privatizações, “com estratégias de longo prazo, baixo risco e taxas atraentes e estáveis”. Segundo ele, o país terá condições muito favoráveis para se injetar dinheiro em 2021.
Fonte: TecMundo