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Check-up: o que é a covid longa?

Redação4 de outubro de 20219min0
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Dificuldades para respirar, fadiga, dores e perda de memória são alguns dos sintomas já registrados em pacientes com a covid longa.

A covid que não vai embora

A covid-19 é uma doença nova, que surgiu há menos de dois anos, e muitas de suas características ainda são desconhecidas. Desde o ano passado, médicos e cientistas alertam para o que ficou conhecido como “covid longa” — uma série de sintomas que permanecem nos doentes de covid por meses, mesmo muito tempo depois de o vírus deixar o corpo do paciente.

Dificuldades para respirar, fadiga, dores e perda de memória são alguns dos sintomas já registrados em pacientes com a covid longa. Especialistas afirmam que é necessário um acompanhamento com uma equipe de saúde multidisciplinar para tratar a condição, evitar piora e melhorar a qualidade de vida.

RespirarDificuldades para respirar é um dos sintomas mais frequentes da covid longa (créditos: Twinsterphoto/Shutterstock)

Segundo um novo estudo publicado nesta semana na revista científica Plos Medicine, quase 60% dos pacientes de covid-19 têm um ou mais sintomas de covid-longa depois de seis meses do início da infecção — o que mostra que o sistema de saúde e a sociedade devem estar preparados para amparar um contingente grande de pessoas que ficaram com alguma sequela da doença.

O estudo foi realizado por cientistas da Universidade de Oxford com dados de quase 300 mil pacientes de covid-19.

Como saber se estou com covid-19?

O teste do tipo PCR (o desagradável, que envolve uma haste no nariz para retirada de secreção) ainda é a maneira mais confiável para saber se alguém está ou não com uma infecção aguda pelo coronavírus SARS-CoV-2.

teste de covidHomem faz teste de covid-19 (créditos: zstock/Shutterstock)

Mas muitos lugares no mundo enfrentam escassez de testes do tipo, e assim torna-se necessário otimizar o uso dos exames. Pensando nisso, um grupo de cientistas agrupou sete sintomas que, quando manifestados juntos no paciente, indicam fortemente que a covid-19 está em curso.

Segundo os pesquisadores, se o paciente experimenta perda ou alteração do olfato, perda ou alteração do paladar, febre, tosse persistente, calafrios, perda de apetite e dores musculares, tudo ao mesmo tempo, há 77% de chances de estar com a doença.

O artigo com os resultados também foi publicado nesta semana na revista científica Plos Medicine.

Remédio promissor

Ao contrário do que muitos divulgam por aí, não há nenhum comprimido para tratar a covid-19, nem a famosa hidroxicloroquina. Mas em breve isso pode se tornar realidade!

As farmacêuticas MSD e Ridgeback Biotherapeutics anunciaram na sexta-feira (1º) que o remédio oral desenvolvido pela parceria, o molnupiravir, conseguiu evitar quase 50% das mortes por covid-19 em um estudo realizado com mais de 700 pacientes com casos leves a moderados da doença.

Atualmente, a vacinação, o uso de máscara e o distanciamento físico são eficazes para evitar mortes e casos graves (que precisam de internação), mas não oferecem 100% de proteção – como ocorre com qualquer outra medida preventiva e vacina.

Nos casos mais graves, os médicos podem lançar mão de antibióticos (para os casos em que há uma infecção bacteriana associada), ventilação mecânica e até alguns antivirais recém-aprovados para uso em ambiente hospitalar, mas esses medicamentos são ainda muito caros.

Um comprimido capaz de evitar agravamento e morte causada pelo coronavírus pode ser mais uma arma para, finalmente, colocarmos um fim à pandemia.

Maconha para dor crônica

O canabidiol (CBD), um composto extraído da maconha que não possui efeito psicoativo, pode auxiliar no tratamento da dor crônica.

O resultado vem do campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). Testes de laboratório em animais revelaram que a substância, além de reduzir dores crônicas, atua em comorbidades associadas, como a ansiedade.

maconhaCientista analisa folhas de maconha em plantação (créditos: MexChriss/Shutterstock)

O artigo foi publicado na revista Neuropharmacology e o próximo passo do estudo é realizar testes clínicos (em humanos) para confirmar os resultados.

Fonte: TecMundo

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