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Alunos voltam às salas em 3.040 escolas estaduais

Redação4 de novembro de 202110min0
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Instituições de 700 cidades, com 1,5 milhão de estudantes, retomam ensino presencial. Falta de padronização entre redes cria ''babel escolar''

O retorno compulsório ao ensino presencial começou, oficialmente, ontem em Minas Gerais. Cerca de 1,5 milhão de alunos da rede pública estadual já estão autorizados a retornar a 3.040 escolas. Segundo a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), instituições em 700 municípios voltaram a receber os estudantes, enquanto 153 cidades permanecem ofertando aulas remotas, devido a decretos municipais impeditivos vigentes.

A situação nas escolas diverge também nas redes municipais e particulares dos municípios, conforme as regras adotadas por cada prefeitura e pelas próprias escolas. Se crianças e adolescentes aproveitam empolgados o reencontro com todos os colegas e o ambiente escolar, os diretores das instituições seguem firmes para impedir maiores transtornos – como explosão de casos em uma turma. Mas a falta de padronização entre redes cria uma “Babel escolar” e até confunde pais.

Na capital mineira, que iniciou nova etapa de flexibilização das normas de prevenção contra a COVID-19 (leia entrevista nesta página), o ensino exclusivamente presencial foi retomado nas 226 escolas públicas estaduais. Cerca de 154 mil alunos estão matriculados. Já na rede pública municipal, desde 18 de outubro as instituições estão autorizadas a receber 100% dos estudantes e, segundo a prefeitura, cerca de 80% das famílias aderiram ao retorno presencial até o último levantamento.

Apesar de o caráter facultativo também ter sido suspenso nas escolas de sua rede, a PBH não prevê punição a pais/e ou responsáveis por não enviar os alunos às aulas presenciais neste ano. Por ora, a a administração municipal optou por promover ações educativas para conscientização das famílias quanto à importância do retorno presencial para o atendimento pedagógico.”O ensino remoto nas escolas municipais ainda será uma realidade em 2021 para a integralização da carga horária legalmente exigida para os anos de 2020 e 2021″, afirma a prefeitura, em nota.

A medida que retoma as atividades presenciais obrigatórias em todos os níveis de ensino das redes pública e particular em Minas Gerais foi publicada em 22 de outubro. O texto revoga a distância de 90 centímetros entre carteiras, o que permite que as salas estejam com o número máximo de estudantes, e em outros espaços, como cantinas e no transporte.

Mesmo assim, as já convencionais medidas de segurança permanecem. O uso constante e correto de máscaras de proteção que cubram, ao mesmo tempo, boca e nariz, etiqueta respiratória (não espirrar sem a máscara em locais fechados, por exemplo) e a higienização das mãos com água e sabão ou álcool (em gel ou 70%) seguem como exigências.

Vice-diretor da Escola Estadual Dom Pedro II, localizada na Região Central de Belo Horizonte, Fernando Rosa do Amaral se diz satisfeito com o retorno de todos os alunos. Contudo, ele relembra que o protocolo deve ser observado com rigor para que os avanços sigam acontecendo.

O clima foi o mesmo na Escola Estadual Pandiá Calógeras, na Região Sul de BH. A diretora Marta Eliana Campos afirma que a retomada está segura e que o protocolo segue sendo mantido a fim de evitar maiores transtornos. “Com muita segurança e responsabilidade, cumprindo protocolos sanitários. Todos com uso de máscara, álcool em gel, e todos com muita segurança. Tudo normal, desde a entrada até agora na sala de aula, os professores todos na sala de aula, tudo normal”, afirmou.

As situções são diversificadas nas cidades. Algumas, como Patos de Minas, no Alto Paranaíba, Betim e Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e Pedrinópolis, no Triângulo, também tornaram compulsória a volta de todos os alunos às salas de aulas.

Em outras, o remoto ainda vai conviver com o presencial. Águas Formosas (Vale do Jequitinhonha) e Guarda-Mor (Noroeste) permitem a volta total dos estudantes, mas os pais ainda podem escolher se querem ou não levar os filhos. Uberaba afirmou que o ensino híbrido (on-line e presencial) vai continuar até o fim do ano letivo de 2021. Já a Prefeitura de Capelinha, no Jequitinhonha, decidiu escalonar a volta às aulas presenciais de acordo com as séries.

Em Contagem, na RMBH, o retorno presencial segue facultativo, porém, quem optar pelo ensino híbrido deve comparecer à escola de segunda a quinta-feira, pelo menos três horas. Às sextas-feiras, serão quatro horas de atividades gravadas. Já os estudantes que permanecerem no ensino remoto também terão 20 horas de atividades semanais, sendo quatro horas diárias ao vivo com outros alunos ou gravadas.

Quatro perguntas para…

Unaí Tupinambás – infectologista, membro do Comitê de Enfrentamento da COVID-19 da PBH

Novas medidas de flexibilização foram implementadas em Belo Horizonte, entre elas a presença de 100% da capacidade de público em eventos e nos estádios de futebol, além do fim da distância mínima nos bares e restaurantes. Como tudo isso pode se refletir nos índices de controle da COVID-19?

A pandemia está dando alguns sinais interessantes a despeito da ameaça da variante Delta, que é muito mais transmissível. Temos visto, nos últimos meses, uma estabilidade do número de casos de COVID – a incidência de novos casos caiu para uma média de 50 a 60 casos por 100 mil habitantes; o Rt está variando de pouco menos de um a pouco mais de um. A taxa ocupação também está caindo e, felizmente, a mortalidade. Então, parece que com o avanço da vacinação a gente tem conseguido conter a disseminação. A expectativa é que possa ter um aumento ou a manutenção de casos de COVID, mas sem impactos na taxa de ocupação de leitos de CTI e de enfermaria.

Qual a expectativa para os próximos meses? As festas de fim de ano devem ocorrer com normalidade? E o Carnaval?

A prefeitura faz previsões apenas de 15 dias. Mas, com o avanço da vacinação, a gente acredita que até o final deste mês teremos cerca de 90% da população-alvo com as duas doses da vacina COVID-19. Mas a gente não pode decretar uma vitória precocemente, temos que ter cautela. Quem sabe, possamos ter um Natal e um Ano-Novo menos tristes do que no ano passado? Em relação ao Carnaval, a  gente torce, todo mundo torce, para que (até lá) tudo tenha chegado a um desfecho bem mais favorável do que foi o início deste ano.

Será possível ‘zerar’ o índice de contaminação?

A gente acredita que o vírus vai continuar circulando no nosso meio durante anos e, talvez, tenhamos que nos vacinar regularmente contra a COVID-19. Nós vamos ter que saber conviver com esse vírus e, claro, estabelecer a taxa que vamos aceitar como normal. Por exemplo, em 2019, em torno de 5 mil a 10 mil pessoas morreram com H1N1. Isso significa 14 a 30 pessoas mortas diariamente por H1N1. E, no período da gripe, a gente não fecha a cidade, não entra em lockdown.

Já temos uma expectativa para o fim do uso de máscaras?

O que eu tenho falado é que talvez a gente nunca vá abandonar o uso da máscara. Nos ambientes críticos, vamos ter que usar a máscara. O ambiente crítico é o ambiente fechado, com muita gente: salas de cinema, teatro, bares, restaurantes, ônibus. Vale lembrar que a máscara é um grande aliado nosso para combater a COVID. (Larissa Ricci)

Fonte: Estado de Minas

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