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Vazão do Lago de Furnas é reduzida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico para que represa atinja cota mínima

Redação8 de dezembro de 202110min0
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Reservatório está em 755,67 metros, o que representa um volume útil de 21,42%. Objetivo é que o volume chegue a 772 metros acima do nível do mar.

Entrou em vigor no início deste mês a nova vazão na represa de Furnas, aprovada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). A medida é uma das opções para recuperar o Lago, para que atinja a cota mínima de 772 metros acima do nível do mar, que não é atingida desde março de 2020.

A medida será válida até o dia 30 de abril de 2022. No Centro-Oeste de Minas, a represa abrange as cidades de Formiga, Pimenta e Capitólio.

Redução da vazão

De acordo com a ANA, a redução da vazão foi de 100 metros cúbicos. O reservatório atualmente está em 755,67 metros, o que representa um volume útil de 21,42%. O objetivo é fazer o volume chegar em 722 metros.

Em outubro, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico liberou o Plano de Contingência para recuperar os reservatórios do país. Furnas abrange as regiões Centro-Oeste, Sul e Mascarenhas de Morais, no Sul de Minas, que foram contempladas.

Na decisão ficou definido que a condição de operação de Furnas, que era indicada para a recuperação dos níveis do reservatório durante o período úmido, passará de 400 para 300 metros cúbicos.

A medida visa fazer com que se chegue no período da seca em 2022, com índices melhores do que está previsto, de acordo com o secretário executivo da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), Fausto Costa.

“Sem dúvida que resolução editada pela ANA, que reduz a vazão de águas para a geração de energia na UHE de Furnas, vai contribuir muito para a recuperação das águas do Lago, isto se continuar com bons volumes de chuvas em toda a região ao longo dos próximos quatro meses. Todavia, outras iniciativas têm de serem tomadas para termos um lago a níveis satisfatórios de atender ao uso múltiplo de suas águas durante o período seco”, destacou.

Economia

Para o secretário, a redução significa uma preocupação coma geração de energia e, consequentemente, com a economia no país.

“Essa redução na geração de energia tem de perdurar ao longo do ano, usando fontes alternativas e distribuindo energia hidroelétrica de outras regiões. Acredito ainda que essa medida é meramente para ter garantia energética ao longo de 2022 e muito pouco para atender a necessidade econômica e social da região de Furnas”, pontuou.

Lago de Furnas

O reservatório da Usina de Furnas está atualmente na elevação 755,83 metros, o que representa um volume útil de 22,13%. A Usina está operando conforme despacho do Operador Nacional do Sistema (ONS), com uma geração em torno 600 MW, o que corresponde a 49% da capacidade instalada.

A Usina de Furnas tem capacidade instalada de 1.216 MW. A maior parte da energia produzida nas unidades geradoras brasileiras é enviada ao Sistema Interligado Nacional (SIN), sendo disponibilizada a diferentes regiões do país. O ONS coordena a alocação dessa energia conforme a demanda dos consumidores e a operação é controlada em tempo real.

Volume do lago

O volume do lago é mensurado pelas nascentes e principais rios que cortam a área. Com as chuvas dos últimos dias as expectativas quanto à elevação do volume das águas aumentaram.

“Com certeza as chuvas estão em um bom volume, mas precisamos que os próximos meses continuem chovendo bastante para que tenhamos um lago em melhores condições para atender o uso múltiplo”, completou Fausto.

Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), a margem aceitável é de 30%. Apesar disso, o crescimento já é um alívio para quem vive da agricultura familiar, piscicultura e do turismo.

“Com certeza essas chuvas que estão caindo agora são decisivas para a agricultura familiar e atividades como a piscicultura. Era tudo que o produtor precisava nesse momento. Veio na hora certa, eu diria, pois durante o dia o tempo fica quente, sai um pouco de sol e a noite chove e esse é o tempo ideal para o cultivo”, afirmou o presidente da associação dos feirantes na região de Furnas, Guilherme Santos, em entrevista ao g1 em outubro, quando começaram as chuvas na região.

Medições anteriores

Em agosto, o volume útil do Lago de Furnas estava em 18,2%. O número foi considerado um dos mais baixos da história para o mês. Em setembro, a medição diminuiu para 14,74%.

A situação analisada pelo g1 em agosto só não foi menor do que foi contabilizado no mesmo mês em 2001, quando o Brasil passou por um racionamento de energia. Naquele período, o volume útil da represa chegou a 13,72%caiu para 12,98% em setembro e atingiu 28,03% em dezembro.

No ano passado, o volume útil do lago era de 50,20% em 25 de agosto. A informação foi repassada por Furnas.

Ainda conforme a ONS, em dados gerais, sem avaliar apenas o mês de agosto, o pior registro foi em 1999 quando a represa atingiu 6,28%.

Fonte: G1 Sul de Minas

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