Atingindo quase 12 milhões, desemprego fica estável e renda cai 8,7% em um ano
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,1% no 1º trimestre de 2022, apontando estabilidade frente ao trimestre anterior, que registrou o mesmo índice. De acordo com o dado oficial, divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 11,949 milhões de brasileiros estão desocupados.
Já a população com emprego, estimada em 95,3 milhões, caiu 0,5% em três meses, o que significa 472 mil pessoas a menos no mercado de trabalho. Com isso, o nível da ocupação (percentual de ocupados na população em idade de trabalhar) caiu para 55,2%, contra 55,6% no trimestre anterior – a primeira queda em quatro trimestres.
O rendimento real habitual (R$ 2.548) teve alta de 1,5% em relação ao trimestre anterior, mas recuou 8,7% em relação a igual trimestre de 2021. A massa de rendimento real habitual (R$ 237,7 bilhões) não teve variações estatisticamente significativas em ambas as comparações.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em fevereiro, a taxa de desemprego ficou em 11,2%, atingindo 12 milhões de pessoas. Na mínima histórica, registrada em 2014, chegou a 6,5%.
Ainda segundo a Pnad, a população subutilizada (26,8 milhões de pessoas) caiu 5,4% (menos 1,5 milhão de pessoas) contra o trimestre anterior (28,3 milhões de pessoas) e 20,3% (menos 6,8 milhões de pessoas) frente a igual trimestre de 2021 (33,7 milhões de pessoas).
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (6,5 milhões) caiu 11,7% ante o trimestre anterior (redução de 860 mil pessoas) e 8,2% comparado ao mesmo trimestre de 2021, em que havia no Brasil 7,1 milhões de pessoas subocupadas.
A população fora da força de trabalho (65,5 milhões de pessoas) cresceu 1,4% (mais 929 mil pessoas) ante o trimestre anterior e caiu 4,8% (menos 3,3 milhões de pessoas) no ano.
A população desalentada (4,6 milhões de pessoas) caiu 4,1% (menos 195 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e recuou 22,4% (menos 1,3 milhão de pessoas) ante igual trimestre de 2021.
O percentual de desalentados na força de trabalho (4,1%) ficou estável em relação ao trimestre anterior (4,3%) e caiu 1,4 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2021(5,5%).
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 34,9 milhões de pessoas, alta de 1,1% (mais 380 mil pessoas) ante o trimestre anterior e 10,7% na comparação anual (mais 3,4 milhões de pessoas).
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (12,2 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e subiu 19,3% (2 milhões de pessoas) frente a igual período de 2021.
O número de trabalhadores por conta própria (25,3 milhões de pessoas) caiu 2,5% na comparação com o trimestre anterior (menos 660 mil pessoas) e aumentou 7,3% (mais 1,7 milhão de pessoas) frente ao mesmo período do ano anterior.
O número de trabalhadores domésticos (5,6 milhões de pessoas) ficou estável no trimestre e subiu 19,0% (mais 895 mil pessoas) no ano.
A taxa de informalidade foi de 40,1% da população ocupada, ou 38,2 milhões de trabalhadores informais. No trimestre de outubro a dezembro, a taxa havia sido de 40,7% e, no mesmo trimestre de 2021, 39,1%.
Fonte: O Tempo