País tem 2,7 milhões de famílias na fila de espera pelo Auxílio Brasil
Em abril deste ano, cerca de 2,7 milhões de famílias aguardavam para receber o Auxílio Brasil, indica um levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). O número é 68% maior do que o número de famílias que poderão ser beneficiadas, caso o Congresso aprove a proposta de emenda constitucional (PEC) dos Combustíveis.
A proposta, que pode ser votada nesta quinta-feira (30) pelo Senado, apresenta um pacote de ajuda para diferentes grupos sociais. Entre os pontos, está incluir 1,6 milhão de famílias no Auxílio Brasil, além de aumentar o benefício de R$ 400 para R$ 600. O custo previsto é de R$ 26 bilhões. Atualmente, 18 milhões de famílias recebem o benefício.
De acordo com a CNM, a fila de espera pelo benefício é considerada a maior desde novembro de 2021, quando o PAB substituiu o Programa Bolsa Família (PBF). O estudo da entidade municipalista também aponta um recorte com os dados consolidados por Estado e região. A atualização do levantamento foi feita com base nos dados divulgados pelo Consulta, Seleção e Extração de Informações do CadÚnico (Cecad) até o mês de abril deste ano.
A CNM lembra que houve alterações nas regras para que uma família possa ser encaixada nos critérios do Auxílio Brasil, como ampliação da renda per capita para definição de extrema pobreza, que passou de R$ 89,00 para R$ 105,01; e pobreza, que passou de um intervalo de R$ 89,01 a R$ 178,00 para R$ 105,01 a R$ 210,00.
Dados regionais
Ao realizar o estudo por dados regionais, a CNM apontou que em números absolutos, o Sudeste (981 milhões de famílias) e Nordeste (963 milhões de famílias) continuam sendo as regiões com maior demanda reprimida em abril de 2022. No entanto, Norte e Centro-Oeste têm apresentado o maior crescimento com, respectivamente, 232% e 139%.
Em números absolutos, Minas é o quarto Estado com maior número de famílias na fila à espera do benefício – atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Em território mineiro, existem 219.799 famílias que podem ser inseridas no programa federal, mas ainda não foram cadastradas.
Pesquisa feita pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança. Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) indica que hoje o Brasil possui 33 milhões de pessoas passando fome, número 73% maior do que o registrado em 2020.
Fonte: O Tempo