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Custo médio da cesta básica consome 63% do salário mínimo no Brasil

Redação14 de julho de 20223min0
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Kit de alimentos tem custo médio de R$ 765,82 no País, conforme a Associação Brasileira de Supermercados (Abras)

Em nova pesquisa divulgada nesta quinta (14), a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou que o preço médio da cesta básica no País em maio foi de R$ 765,82. Portanto, o kit de 35 itens básicos para a sobrevivência das famílias consome 63% do salário mínimo de R$ 1.212 em curso atualmente.

A inflação da cesta básica em 12 meses é de 17,2%, conforme a Abras. Na comparação entre abril e maio, o kit encareceu 0,94%, o que fez o acumulado do ano chegar a 9,32%.

As maiores altas entre abril e maio deste ano ficaram por conta da cebola (21,36%), feijão (7,31%), farinha de trigo (4,79%), leite longa vida (4,65%) e espaguete (3,86%). Por outro lado, houve quedas significativas de alimentos in natura e nas carnes bovinas: tomate caiu 23,72% e a batata 3,94%. Já os cortes dianteiros do boi recuaram 0,84%, enquanto os traseiros caíram 0,07%.

A cesta mais cara do País é da Região Sul, que custa R$ 860,15. A mais barata é do Nordeste, avaliada em R$ 686,88. Na Região Sudeste, o kit caiu 0,1% em maio, custando R$ 747,31.

Consumo em queda, mas deve melhorar

O consumo dos brasileiros no supermercado recuou 3,47% em maio na comparação com abril. Segundo a Abras, isso aconteceu por conta da Páscoa, período compreendido em abril no qual as famílias gastam mais.

Ainda assim, a associação dos supermercados aposta numa ampliação dos gastos do consumidor até o fim do ano. Segundo a entidade, as restituições do imposto de renda no segundo semestre, e a ampliação dos programas sociais do governo, por meio da PEC Kamikaze, devem alavancar o consumo.

Aprovada nessa quarta (13) na Câmara dos Deputados, a proposta do governo federal amplia de R$ 400 para R$ 600 o repasse do Auxílio Brasil, o antigo Bolsa-Família. Também dá vouchers a taxistas e caminhoneiros autônomos para subsidiar os gastos com combustível.

A Abras também lembra que a limitação da alíquota do ICMS para os combustíveis e para a energia elétrica deve desonerar as famílias brasileiras, o que também amplia o consumo.

“A expectativa é de que a redução do ICMS sobre os combustíveis, que impacta o frete, a queda do desemprego, os novos recursos que devem ser injetados na economia decorrentes da PEC dos Benefícios contribuam com o consumo nos lares. A sinalização dos analistas de mercado para uma inflação em menor patamar para o próximo mês pode trazer menor pressão sobre os preços na cesta de alimentos”, diz o vice-presidente Institucional da Abras, Marcio Milan.

Fonte: O Tempo

Redação


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