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Varíola dos macacos: casos suspeitos sobem 37% em 24h; veja relato de paciente

Redação29 de julho de 20226min0
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Belo Horizonte é a cidade com mais casos suspeitos da enfermidade, com 57

O boletim de monkeypox, a varíola dos macacos, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) traz um aumento de 37,3% nos casos suspeitos da doença no Estado. Na nota divulgada na quinta-feira (28), o número de casos suspeitos era de 83, enquanto a atualização desta sexta-feira (29) traz 114 diagnósticos em avaliação.

Os casos confirmados em Minas Gerais seguem em 44. Outros 78 casos foram descartados e dois casos foram classificados como prováveis. Todos os pacientes que testaram positivo para a varíola dos macacos são do sexo masculino, com idades entre 22 e 48 anos, em boas condições clínicas. Segundo a SES-MG, há um caso em acompanhamento hospitalar, devido a condição imunossupressora anterior.

Belo Horizonte é a cidade com mais casos suspeitos da enfermidade, com 57, seguida de Palma com seis e Contagem, com cinco.

Relato

Nessa quinta-feira, O TEMPO trouxe um relato de um paciente que teve o diagnóstico confirmado para a doença. O diagnóstico do casal veio há mais ou menos um mês. João e José, nomes fictícios usados pela reportagem para preservar as identidades, viajaram para São Paulo para participar da parada gay e sentiram os primeiros sintomas da varíola dos macacos durante o festival Sensacional, em Belo Horizonte. “Fomos tomados por um cansaço na lombar, não aguentávamos ficar de pé”, contou João.

Dias depois, o namorado de João, o José, percebeu uma íngua avermelhada na região da virilha. O mesmo sintoma apareceu em João. “No outro dia, saiu uma crosta da íngua dele (do José). E eu comecei a sentir um desconforto na região anal. Tinha dificuldade de ir ao banheiro e apareceu até sangue nas fezes”.

Os dois procuraram médicos. João foi até um proctologista, que ligou os sintomas e falou que, provavelmente, ele tinha varíola dos macacos. O mesmo ocorreu com José, que procurou um clínico geral. Os médicos explicaram que um surto da doença atingia a capital paulista e, provavelmente, eles haviam contraído a doença durante a viagem.

Eles começaram uma quarentena. “A vigilância sanitária colheu o material do meu namorado e, depois de uns dias, o meu. Ele testou positivo e, na sequência, testei também. Eles recomendaram 21 dias de isolamento. Começamos a pegar atestados, a gente voltava no médico, e ele falava que ainda não podíamos voltar para o trabalho”, conta João.

Quando o jovem de 32 anos achava que estava melhorando, mais feridas apareciam na pele. “É como se fosse uma ‘nova pandemia’, estou trabalhando de home office, não tenho segurança de voltar para a empresa, nem a empresa sabe direito os procedimentos. Tive febre, calafrio e José teve dor de cabeça”. Sobre as feridas, João contou que elas se assemelham à catapora, que ele teve depois de crescido.

“As feridas coçaram demais. Apareceram atrás das orelhas, na lombar, na virilha, nas pernas, além de coçar, lateja. É incômodo demais acordar e ver as bolinhas no rosto. Você acha que sarou, mas não sarou”, lamenta.

O jovem adulto fez até um alerta em suas redes privadas explicando sobre a doença, que pode ser adquirida também durante o sexo (veja mais abaixo). Antes de desligar o telefone, ele recomenda: “não negligencie essa doença, se informem”.

Além dos problemas físicos, a enfermidade ainda traz problemas psicológicos.

Quais são os sintomas da varíola dos macacos?

Os primeiros sintomas da varíola dos macacos são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A doença se desenvolve com lesões na pele, primeiramente no rosto. As lesões também podem se espalhar para outras partes do corpo, incluindo os genitais.

As lesões na pele parecem as da catapora ou da sífilis até formarem uma crosta, que depois cai. Os sintomas podem ser leves ou graves, e as lesões na pele podem ser pruriginosas ou dolorosas.

Como a doença é transmitida?

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. A transmissão de humano para humano ocorre entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.

O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ​​ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.

Fonte: O Tempo

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