Mais sofisticado e real: saiba como fugir do novo golpe do Pix
Lançado há quase um ano e nove meses, a funcionalidade Pix ainda traz dor de cabeça para algumas pessoas. É que desde o ano passado, golpes envolvendo a tecnologia têm sido constantemente praticados. Um dos mais recentes inclui uma ligação quase idêntica à dos bancos tradicionais, gerando dúvidas aos clientes.
“Ontem quase caí no golpe do Pix antecipado, gerente do meu banco diz que virou uma praga”. O relato é do roteirista e jornalista André Barcinski, compartilhado na tarde dessa quinta-feira (4/8) no Twitter. De acordo com ele, o golpista possuía até mesmo acesso ao extrato bancário, com a confirmação de uma operação feita pouco tempo antes de uma ligação.
“Recebi uma ligação (chamada identificada como sendo do banco) de uma pessoa de voz macia, se dizendo da área de segurança. Tinha música do banco, barulho de call center, tudo perfeito. Disse que tentaram fazer um Pix na minha conta que cairia no dia seguinte e que eu teria que digitar os dados da pessoa como se fosse fazer um Pix”, contou, concluindo que, antes de completar a operação, apareceria um aviso para cancelar a operação “antecipada”.
“Percebi que era golpe, desliguei e liguei para o gerente da minha conta. Mas o cara me enganou por vários minutos. Sabia tudo da minha conta. Cuidado máximo, gente”, finalizou.
E o relato não era o único. Também no Twitter, um outro usuário afirmou que teria passado por algo parecido, com a condução da conversa parecendo “coisa de profissional”. “A ligação que eu recebi aparecia com o número do banco. Percebi que era golpe, mas fiquei impressionada”, contou.
Bancos orientam
Com golpes já conhecidos, os principais bancos do país orientam o que é preciso evitar para não se tornar mais uma vítima do crime. Para isso, segundo os comandos, é preciso “desconfiar de links recebidos”; “não fazer transações a pedido de terceiros”; “não compartilhar códigos de verificação recebidos por e-mail ou SMS no momento do cadastro das chaves Pix” e “não seguir nenhum passo a passo informado pelo telefone fixo”.
Suspeitou de algo? Os bancos orientam que o caso seja informado imediatamente por uma ligação à central feita por meio de telefone celular. Também é preciso procurar a Polícia Civil.
“A Polícia Civil de Minas Gerais orienta que a vítima procure uma delegacia mais próxima de sua residência, munida de todos os documentos, para propor a devida representação e dar início à investigação”, orienta a corporação.
“Praticar a dúvida”
As orientações são parecidas com a de especialistas, que também pedem que as pessoas pratiquem o “exercício da dúvida” antes de seguir as instruções.
“A partir da informação, é não seguir as instruções de telefonemas do tipo. De uma maneira em geral, é sempre duvidar, buscar um conselho com uma pessoa próxima ou parente para tirar dúvidas. Se possível, ligue para o gerente do banco e procure a polícia”, recomenda o especialista em segurança pública Luís Flávio Sapori.
Fonte: EM