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Jovens entre 18 e 29 anos são 55,1% dos endividados em MG

Redação18 de agosto de 20223min0
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O indicador de inadimplência da capital mineira registrou crescimento de 0,78% no mês de junho, em comparação a maio.

A faixa etária responsável por esse impulsionamento são os adultos entre 18 e 29 anos (55,1%), como revela pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).  “Dentre os fatores que explicam o endividamento entre essa faixa da população está o uso excessivo do cartão de crédito. Com a alta taxa de juros vigente, tem sido cinco vezes mais caro utilizar o crédito. Por este fator e também pela média, salarial mais baixa, a população dessa faixa etária tem se endividado progressivamente”, detalha o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Em função desse cenário, o dirigente reforça a necessidade de um planejamento financeiro e também, sempre que possível, optar pelo pagamento total das faturas do cartão de crédito. “Pagar o valor mínimo da fatura não é a melhor escolha para a saúde financeira, pois além de adiar uma dívida, os juros crescem ainda mais. O ideal é planejar o uso da renda, priorizando as contas essenciais e tentar, ao máximo, fugir de refinanciamentos e gastos desnecessários”, aconselha.

De acordo com o Banco Central (BC), a taxa de juros cobrada em faturas atrasadas estava em 364% em abril. Para os brasileiros que optaram pelo pagamento parcelado, a taxa média cobrada foi de 175,1%. Esses são os dados mais recentes, em função da greve dos servidores do BC que paralisou as divulgações recorrentes como o boletim Focus e notas dos setores de crédito e externo.

Idosos são mais adimplentes

Ao contrário dos jovens, os idosos entre 65 e 94 anos foram os que menos concentraram dívidas em junho, 13,09%. Isso se deve ao pagamento antecipado da primeira parcela do 13° salário, que permitiu aliviar as contas e aumentou o poder de pagamento dessa população.  Durante o mês de junho, o registro de dívidas entre os sexos foi praticamente igual. Sendo que homens concentravam 3,31% e mulheres, 3,21%.

A comparação anual (Junho.22/Junho.21) aponta que o indicador de inadimplência avançou 6,58%. “O ano de 2021 registrou uma retração de 6,64% na base de devedores em função do auxílio emergencial, negociações e adiamento de prestação. Com o fim dessas medidas, a tendência de crescimento aconteceu”, afirma Souza e Silva.

Fonte: O Tempo

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