Cobertura vacinal contra a poliomielite em Minas Gerais é de apenas 45%
Um dos principais motivos para a baixa cobertura é o fato de muitas pessoas não terem convivido com a doença, erradicada do Brasil desde 1989, explica o diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de BH, Paulo Corrêa. “A pandemia de Covid-19 e as notícias falsas sobre as vacinas acentuaram isso”, prosseguiu.
A possibilidade de retorno de casos de uma doença para qual já existe vacina é considerada inadmissível pelo diretor. “É uma doença de fácil transmissão, tanto por via respiratória quanto por alimentos contaminados. Ela causa paralisia sem cura. Algumas crianças, inclusive, paralisam os músculos respiratórios e morrem”, adverte.
A campanha de vacinação termina na próxima sexta-feira (9). Até lá, a prefeitura segue com campanhas de reforço em escolas infantis do município. O diretor reforça, no entanto, que, mesmo após o período, o imunizante seguirá disponível nos postos de saúde.
“Precisamos ressaltar que a estratégia da campanha é vacinar em um curto período o percentual de 95%. Por isso que a gente pede para que os pais levem os filhos para se vacinarem. Temos que tentar atingir essa meta”, analisou.
A baixa adesão é um problema de impacto nacional. Prova disso é que Minas Gerais, embora muito abaixo da meta, é o quinto estado com maior cobertura vacinal, atrás de Alagoas (51,77%), Sergipe (50,50%), Santa Catarina (47,59%) e Paraíba (46,61%).
Por esse motivo, o diretor acredita que o Ministério da Saúde possa, inclusive, prorrogar a campanha de vacinação por mais algumas semanas.
A vacina contra a poliomielite integra o calendário de rotina do Programa Nacional de Imunizações (PNI), é gratuita e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Fonte: O Tempo