Maioria das vítimas de crimes financeiros é de pessoas acima dos 60
Os números são da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, que registrou 12 mil denúncias desse tipo de violência contra pessoas idosas, entre janeiro e a primeira semana de julho, deste ano.
Ao todo, foram 22 mil denúncias de violência patrimonial e financeira, no primeiro semestre. O funcionário público, Geraldo Lima, foi vítima de um golpe diante do caixa eletrônico. Após utilizar o terminal, foi abordado por um homem que o convenceu a atualizar o cadastro e reutilizar o caixa. Na falsa ajuda, o suposto funcionário conseguiu trocar os cartões, o que deu prejuízo financeiro à vítima.
Somando casos como este e os que ocorrem via celulares e computadores, a Febraban, Federação Brasileira de Bancos, registrou um aumento de 60% nas tentativas de golpes financeiros contra pessoas idosas, em 2020, devido ao aumento do uso de equipamentos com internet, na pandemia.
Uma das armadilhas mais comuns é quando o golpista se passa por alguém da família e pede dinheiro, via mensagem. Também acontece de o golpista enganar a vítima, para que ela forneça informações de resgate de senhas de redes sociais ou até de cartões bancários.
A Febraban orienta a qualquer pessoa, jamais deixar o número de telefone visível nas redes sociais; nunca compartilhar o código de autenticação do whatsapp, não passar senha de bancos a contatos pelo telefone, nem clicar em links suspeitos com promoções tentadoras e manter celular e computador protegidos de vírus.
O Estatuto da Pessoa Idosa prevê como crime “o ato de receber ou desviar bens, dinheiro ou benefícios de idosos”, o que é entendido como violência patrimonial ou financeira. Isso pode gerar pena de até 4 anos de prisão. Qualquer desconfiança ou situação do tipo deve ser denunciada à polícia ou ao disque 100.
Fonte: Agência Brasil