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Potes de temperos são mais contaminados do que latas de lixo, indica estudo

Redação24 de outubro de 20225min0
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De acordo com o estudo, o aumento da proliferação de bactérias nesses recipientes ocorre por meio da contaminação cruzada

Presente na casa da maioria das pessoas, os potes de temperos tem como objetivo facilitar a organização e o preparo de receitas. No entanto, um estudo realizado pela Universidade de Rutgers dos Estados Unidos  alerta que os potes de temperos possuem mais microrganismos prejudiciais à saúde que as latas de lixo.

“Além de superfícies mais óbvias, como tábuas de corte, tampas de lata de lixo e alças de geladeira, aqui está outra coisa [potes de tempero] em que você precisa prestar atenção quando estiver tentando ser limpo e higiênico em sua cozinha”, alerta o professor Donald Schaffner, da Universidade Rutgers, em Nova Jersey.

De acordo com os pesquisadores, o aumento da proliferação de bactérias nesses recipientes ocorre por meio da contaminação cruzada. O processo ocorre quando os micróbios são transferidos de uma substância, objeto ou, neste caso, de um alimento para outro.

“Nossa pesquisa mostra que qualquer recipiente de tempero que você toca ao preparar carne crua pode ser contaminado. Você vai querer estar consciente disso durante ou após a preparação das refeições”, explica Schaffner.

Doenças

As doenças causadas por alimentos contaminados produzem principalmente sintomas como vômitos, diarreia e inchaço abdominal, porém podem variar de acordo com o microrganismo que está se desenvolvendo no alimento.

Dentre os alimentos responsáveis por uma parcela significativa desses casos de infecção, estão: frango, peru e carnes bovina e suína.

Conforme o estudo, as principais doenças causadas por alimentos contaminados são gastroenterite aguda e as diarreias, provocadas pelas bactérias Campylobacter e salmonella não tifóide, respectivamente.

Entenda o estudo

Os pesquisadores monitoram o comportamento de 371 adultos na preparação de receitas de hambúrguer de peru e salada, de vários tamanhos, e em diversas cozinhas. Para simular o “caminho” de um patógeno, os cientistas também colocaram um bacteriófago — vírus inofensivo aos humanos —, chamado de MS2, na carne para servir como um rastreador seguro.

Na ocasião, os voluntários foram informados sobre o que seria examinado. Após a finalização das receitas, os pesquisadores esfregaram utensílios de cozinha, áreas de limpeza e superfícies da cozinha para testar a presença do marcador MS2.

Com base no comportamento dos participantes durante o cozimento, os pesquisadores decidiram coletar amostras de algumas novas categorias de superfícies, como recipientes de especiarias e torneiras de pia.

Após a análise, foi constatado que os objetos contaminados com mais frequência eram os potes de tempero — cerca de 48% das amostras desses objetos tinham evidências de contágio por MS2.

“Ficamos surpresos porque não tínhamos visto evidências de contaminação do recipiente de especiarias antes”, conta Schaffner.

O que chamou a atenção da equipe foi que a porcentagem de contaminação encontrada nesses objetos foi muito diferente da verificada nos demais objetos e locais.

O segundo e terceiro utensílios mais contaminados foram as tábuas de corte e as tampas de lixeira, respectivamente. Os puxadores das torneiras foram os menos contaminados no estudo.

“A maioria das pesquisas sobre a contaminação cruzada de superfícies de cozinha devido ao manuseio de carne crua ou produtos de aves se concentrou em tábuas de corte de cozinha ou torneiras e negligenciou superfícies como recipientes de especiarias, tampas de lixeira e outros utensílios de cozinha. Isso torna este estudo e estudos semelhantes de membros deste grupo mais abrangentes do que estudos anteriores”, diz o professor.

Os potes de tempero não precisam, no entanto, deixar de fazer parte das cozinhas. Os pesquisadores explicam que o manuseio adequado dos alimentos pode combater a contaminação cruzada.

Fonte: O Tempo

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