5 fábricas de produtos de limpeza estão fechadas devido aos protestos no país
Nesta quarta-feira (2), cinco grandes fabricantes de produtos de limpeza nos estados de São Paulo, Rio e Santa Catarina estão com a produção paralisada devido ao movimento de contestação ao resultado das urnas, que deram vitória a Lula (PT) para a presidência da República, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A informação é da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (Abipla). De acordo com a entidade, apesar do feriado de Finados, as grandes empresas continuariam com ao menos uma linha de produção em atividade nesta quarta, mas não conseguiram por falta de matéria-prima.
“Caminhões carregados de hipoclorito de sódio e sulfato, dois dos principais insumos usados pela indústria de produtos de limpeza, não chegaram às fábricas”, disse Paulo Engler, diretor-executivo da Abipla.
De acordo com Engler, no entanto, uma das fábricas, no Rio, vai conseguir retomar a produção nesta quinta-feira (3/11), por conta do desbloqueio nas estradas do estado.
Engler não revelou quais os nomes dos cinco grandes fabricantes atingidos pelos protestos. A Ypê é uma das maiores fabricantes do país e seus proprietários, a família Beira, foram apoiadores do presidente Jair Bolsonaro nas eleições.
A marca foi alvo de protestos nas redes sociais depois de um post em que a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Larissa Peixoto, disse que iria comprar o detergente Ypê para “lavar nossa nação dessa imundice”, referindo-se aos adversários de Jair Bolsonaro. Em nota, a empresa se afirmou apartidária. (DANIELE MADUREIRA/Folhapress)
A declaração de manifestantes que fecham rodovias – estaduais e federais – pelo país sobre a existência de uma fraude nas eleições deste ano não encontra amparo legal. A Justiça Eleitoral, além de entidades nacionais e internacionais que participaram da fiscalização do pleito, confirmaram a lisura do processo. Da mesma forma, a possibilidade de uma ‘intervenção militar’ com base no artigo 142 da Constituição, pedida por grupos de manifestantes, não tem respaldo na lei brasileira e pode resultar em processo judicial para quem fizer esse pedido.
Fonte: O Tempo