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IPCA: Por que o preço da cebola foi o que mais subiu no Brasil em 2022?

Redação10 de janeiro de 20235min0
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Encarecimento da hortaliça foi de 130% de janeiro a dezembro, segundo o IBGE, após pressões de mercado e climáticas

Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (10) mostrou que a inflação no Brasil encerrou 2022 em 5,79%. O produto que mais encareceu ao longo do ano foi a cebola, hortaliça presente na mesa dos brasileiros diariamente como base de temperos e refeições. De acordo com os dados oficiais, a alta de preço acumulada entre janeiro e dezembro foi de 130,14% em todo o Brasil.

Nos sacolões de Belo Horizonte e região metropolitana, o custo do quilo do produto varia entre R$ 5 e R$ 10, conforme pesquisa do site Mercado Mineiro divulgada em novembro. Em janeiro, um outro estudo feito pelo Mercado Mineiro apontou que o preço, à época, variava entre R$ 1,98 e R$ 7,99. O encarecimento ao longo de 2022 levou a cebola ao maior preço já registrado, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP).

Conforme o Cepea, foram registradas altas de preços em todas as regiões produtoras de cebola no Brasil: Nordeste, Minas Gerais, Goiás e São Paulo. “Os valores chegaram a bater recorde de toda série histórica do Hortifruti/Cepea, iniciada em 2000. Assim, houve recuperação dos prejuízos financeiros de 2021, garantindo margem positiva em 2022”, explica um boletim do Centro de Estudos publicado em dezembro.

Ao longo do ano, os preços pagos aos produtores em São Paulo foram 189% maiores do que o registrado em 2021. O que motivou o aumento, de acordo com o Cepea, foi a redução da área plantada. Cristalina, em Goiás, e nas regiões do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba, o cenário também foi observado, com diminuição dos investimentos no plantio da cebola, impactando diretamente nos preços.

Outro fator de pressão foi que no início da safra, em meados de junho, em áreas de plantação no Cerrado, os produtores registraram infestações de bactérias em função do volume intenso de chuvas. As precipitações também impactaram as produções que saíram de Minas e Goiás em outubro. Conforme o Cepea, as chuvas “afetaram a qualidade dos bulbos restantes, mas, como a oferta era restrita, essa parcela afetada foi absorvida pelo mercado”.

Mercado externo

Um dos principais produtores de cebola na Europa, a Espanha reduziu em mais de 40% a área de plantação de cebola em 2022. O Brasil, por ser um dos compradores do produto plantado em terras espanholas, acabou recebendo um volume inferior no segundo semestre do ano.

“Em 2022, a baixa oferta no Brasil, causada pela menor área plantada poderia estimular um aumento das importações; porém, como o mercado europeu de cebola também está com menor disponibilidade e preços altos, as aquisições nacionais não aumentaram, e os preços nacionais, portanto, seguiram atrativos aos produtores”, complementa o Cepea.

Para 2023, a palavra de ordem é cautela, quando o assunto é o preço da cebola, segundo os pesquisadores do Cepea. A avaliação é de que pode ocorrer uma recuperação do número de áreas de plantações com os preços pagos aos produtores em alta. “A expectativa é que a área tenha leve recuperação ou, pelo menos, se mantenha, devido aos custos elevados e à cautela quanto aos investimentos. No geral, o clima no Nordeste ainda deve estar no foco de produtores, pois as chuvas podem ocasionar doenças e dificultar novamente a realização do plantio e da colheita na próxima temporada”, finaliza o boletim.

Fonte: O Tempo

Redação


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