Descobrir cedo ajuda: câncer de intestino está mais prevalente
A cantora e empresária Preta Gil, de 48 anos, usou as redes sociais na terça-feira (10) para anunciar a descoberta de um câncer na porção final do intestino. “Inicio meu tratamento já na próxima segunda-feira (16) e conto com a energia de todos para seguir tranquila e confiante”, escreveu.
O tumor no cólon ou reto da filha de Gilberto Gil é mais um entre pessoas famosas (veja abaixo) e liga o alerta para toda a sociedade sobre a importância da prevenção. No Brasil, o terceiro tipo de câncer que mais mata homens e mulheres é justamente o de intestino, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Para piorar, a incidência dessa doença está maior e surge cada vez mais em pessoas abaixo dos 50 anos, conforme estudos feitos em Harvard (Estados Unidos) e no Reino Unido. Como explica Ricardo Cembranelli, médico oncologista do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, o aumento de casos de câncer colorretal tem relação com os hábitos da população, incluindo a alimentação inadequada e o sedentarismo.
Por isso, além de melhorar essas práticas, o indivíduo precisa ficar atento ao histórico familiar e fazer colonoscopia. “Deve-se rastrear a partir dos 45 anos. Antes, era recomendado a partir dos 50 anos, mas o aumento de casos em pessoas mais jovens forçou a queda desse limite”, disse Cembranelli. Esse diagnóstico precoce pode dar ao paciente até 95% de chance de cura do câncer de intestino.
20,2 mil pessoas, no Brasil, morreram por câncer colorretal em 2020
45,6 mil é o número de novos casos no país, em 2022
Outros famosos
Além de Preta Gil, a também cantora Simony, de 46 anos, tratou um câncer colorretal. Os ex-jogadores de futebol Pelé e Roberto Dinamite faleceram recentemente, aos 82 e 68 anos, respectivamente, devido ao mesmo câncer.
Cuidados contra o câncer
Conforme o oncologista Ricardo Cembranelli, as medidas de prevenção mais importantes contra o câncer de intestino passam pela alimentação saudável, sem excesso de ingestão de carne vermelha e de carboidratos e reforço na ingestão de fibras, além do exercício físico.
“Até quem tem câncer de intestino, quando faz aeróbicos cinco vezes por semana, tem resultado melhor do tratamento do que quem não faz. Isso é comprovado. Eles vivem mais”, disse.
Fonte: O Tempo