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Ceratoconjuntivite seca: a doença do olho seco que é grave e comum em cães, mas pouco conhecida pelos tutores

Redação5 de fevereiro de 20234min0
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Causada pela baixa produção de lágrimas, a síndrome, quando não cuidada, pode comprometer a visão do animal; médica-veterinária explica sobre como tratar

As doenças oftalmológicas também afetam os pets e merecem tanta atenção quanto qualquer outro caso de saúde, já que os olhos são os órgãos responsáveis por um dos sentidos mais importantes, a visão. Inclusive, alguns cães, principalmente os das raças braquicefálicas, podem ter maiores chances de desenvolverem a ceratoconuntivite seca, a famosa síndrome do olho seco. No entanto, é preciso tratar para que a visão do animal não seja comprometida, conforme alerta a médica-veterinária e gerente de produto pet da MSD Saúde Animal, Silvana Badra.

 

Entenda mais sobre a doença e a importância do cuidado com a visão dos animais.

 

Ceratoconjuntivite seca

Conhecida como a síndrome ou doença do olho seco, a Ceratoconjuntivite é causada por uma redução da produção da lágrima, principalmente pela destruição imunemediada das glândulas lacrimais. “Isso faz com que a córnea resseque e manifeste a síndrome. Pode acontecer não só em cães, mas também em gatos, e é um problema oftalmológico que pode se agravar cada vez mais quando não tratado”, explica a veterinária.

 

Por que cães braquicefálicos possuem mais chances de ter a doença?

É verdade que algumas raças, principalmente os animais de focinhos achatados como shitzus, buldogues e pugs, apresentam maior risco para o desenvolvimento de doenças nos olhos, principalmente a ceratoconjuntivite. O que acontece é que esses pets podem trazer o problema no DNA ou pela anatomia dos olhos, já que seus olhos são proeminentes (saltados), o que favorece o surgimento de disfunções oftalmológicas.  

 

Quais os sinais clínicos e como diagnosticar?

De acordo com Silvana, os principais sinais clínicos são incômodos com a luz, coceira, córnea opaca, perda do brilho, vermelhidão, inchaço, lesões e secreções. O diagnóstico é simples e rápido, mensurando a quantidade de lágrima produzida em cada olho por meio de um teste diagnóstico. “É importante que o tutor sempre faça consultas preventivas no oftalmologista do pet para identificar qualquer problema antes mesmo que ele se agrave. Cuidar dos olhos do pet é tão importante quanto cuidar de qualquer outra parte do corpo”, reforça.

 

Como tratar?

Assim como para a prevenção, é essencial que a qualquer sinal o tutor leve o animal ao veterinário, pois o tratamento pode variar de acordo com a causa e só o profissional poderá indicar qual o melhor. “Normalmente, é indicado que previna a deterioração contínua das glândulas lacrimais e, consequentemente, a progressão da doença, fazendo com que as lagrimas retornem aos níveis normais, na maioria dos casos”, informa a veterinária. “A doença não tem cura, mas tem tratamento que pode proporcionar uma vida normal ao pet e ao tutor”, finaliza.

Redação


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