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Dia Mundial do Feijão: leguminosa ‘queridinha’ dos brasileiros é celebrada neste 10 de fevereiro

Redação10 de fevereiro de 202312min0
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O feijão tem ciclo de produção curto, desgasta menos o solo e é ‘generoso’ com outras culturas; veja curiosidades

A data escolhida para ser o ‘Dia do feijão’ foi instituída, mundialmente, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em 2019, para lembrar a importância dessa leguminosa. Assim como a lentilha, o grão-de-bico e a ervilha, é excelente fonte de proteína, fibra, cálcio, fósforo, ferro e vitaminas A e do complexo B. Os feijões e as outras leguminosas também são denominadas pulses e, de uma forma geral, considerados os alimentos mais nutritivos do mundo, verdadeiros superalimentos!

Conversando com o engenheiro agrônomo da Emater-MG, Sérgio Brás Regina, descobrimos que o feijão é “generoso” porque sempre deixa um pouco de nutrientes para a próxima cultura; desgasta menos a terra do que milho; “bebe” menos água do que a soja e ainda é bom para o meio ambiente. Confira!

Ciclo Curto 

No Brasil, a data comemorativa da cultura do feijão coincide com o fim da chamada “Safra das Águas”, quando os produtores da leguminosa estão encerrando a colheita do plantio feito em outubro/novembro do ano anterior. Isso mesmo. O feijão é uma cultura de ciclo curto, permitindo até três safras por ano!

Além das “Safra das Águas” tem-se o “Feijão da Seca”, que começa a ser plantado no final de fevereiro e a “Safra de Inverno”, que se inicia no final de abril e exige irrigação.

De acordo com Brás Regina, a produtividade média de feijão no estado é de 1.609 quilos, por hectare, e a produção total da safra 2022/2023 deverá ficar em 199.191 toneladas/ano, um pouco menor que a de 2020/2021 porque muitos produtores migraram para a soja.

Ranking

Em Minas, a região que mais produz feijão é a noroeste. O município que mais produz é Paracatu, com média de 8 mil hectares/ano. Em segundo lugar aparece a cidade Chapada Gaúcha que, apesar do nome, é mineira, com cerca de 6 mil hectares/ano e em terceiro, Buritis, com quatro mil hectares/ano. De acordo com Brás Regina, o que faz com que a região seja grande produtora é a topografia plana, propícia para a mecanização; o fato dos produtores locais terem boa estrutura de irrigação e a tradição local, a familiaridade com a cultura que é passada de pai para filho.

Doenças

O principal desafio de quem escolhe trabalhar com essa cultura está nas doenças. As principais são a antracnose, que causa manchas escuras nas folhas e nas vagens; o mosaico, vírus que tem como principal vetor, a mosca branca, de difícil controle e o mofo branco.

Todas causam perda de produtividade que pode chegar a 80%. Segundo o agrônomo da Emater, uma boa forma de prevenir é adquirir sementes de boa qualidade, de preferência certificadas, e adotar a rotação de culturas.  “Não se deve plantar a safra seguinte de feijão na mesma área”, explica.

‘Generosidade’ é característica da espécie

Brás Regina explica que um dos diferenciais das leguminosas é a capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico no solo, por meio de simbiose com algumas bactérias presentes na terra, o que melhora sua própria condição de produção. E sabe o que é o mais interessante? Ele aproveita esse nitrogênio, mas deixa um residual para as plantas seguintes. “É uma cultura generosa”, disse o engenheiro, ressaltando que esse é mais um motivo para praticar a rotação de cultura.

As pulses também contribuem positivamente para a manutenção do meio ambiente e evitam o desperdício, pois sua cultura necessita de menos água no processo produtivo se comparada à da soja, por exemplo. A espécie também melhora a absorção de carbono, o que contribui para a diminuição da emissão dos gases de efeito estufa.

As pulses também contribuem positivamente para a manutenção do meio ambiente e evitam o desperdício, pois sua cultura necessita de menos água no processo produtivo

 

Principais produtores 

Minas Gerais, Bahia e Paraná respondem por 50% da produção nacional. Mas, segundo Brás Regina, Minas ainda importa uma parte do feijão consumido aqui. “Por sermos uma bacia leiteira, grande parte dos produtores acabam voltando para a produção de leite.  E o café também é muito forte”.

Qual a importância do feijão para a saúde?

Além de ser uma excelente fonte de proteína, os grãos de feijão também são compostos por carboidratos e minerais. Veja os principais benefícios para a saúde:

  1. Combate a anemia;
  2. Ajuda a perder peso;
  3. Reduz o colesterol;
  4. Combate a diabetes;
  5. Faz bem para o coração;
  6. Previne o câncer;
  7. Melhora a saúde intestinal.

Casamento Perfeito

O feijão é um dos pratos preferidos dos brasileiros – formando com o arroz, o casamento perfeito! Também compõe dois dos pratos mais adorados da nossa culinária: o feijão tropeiro e a feijoada!

Por isso, quando há quebras na safra e a oferta cai, o produto encarece para  o consumidor final, impactando diretamente na cesta básica. E você? Como gosta de comer feijão? Tem uma receita preferida?

Fonte: Itatiaia

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