Após aumento da gasolina, governo de MG promete preço competitivo para o etanol
Após o preço da gasolina disparar em Minas Gerais nesta quinta-feira (1º), com o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o vice-governador Mateus Simões disse, em entrevista coletiva, que o governo estadual vai tentar manter o preço de outro combustível competitivo para os motoristas: o etanol.
“Nós não permitiremos que o álcool volte a ser caro em Minas como foi no passado. O álcool em São Paulo sempre custou menos de 70% do preço da gasolina, aqui nunca custou menos de 70%. Então nós temos um compromisso de, nessa mudança, como o álcool não está sendo mudado automaticamente, nós vamos fazer com que ele nunca perca essa paridade pra gente ter uma competitividade mais adequada, especialmente nas nossas regiões de divisa. Quem morava ali na divisa de São Paulo e na divisa do Rio de Janeiro atravessava para fazer algum tipo de abastecimento. Isso não vai acontecer mais”, afirmou.
Apesar do ICMS ser um imposto estadual, o valor cobrado sobre a gasolina em todo o país foi padronizado em R$ 1,22 por litro, após um acordo entre Estados, o Distrito Federal e a União, que foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Como o valor cobrado de ICMS sobre a gasolina em Minas era de R$ 0,99 por litro, a expectativa era de que o combustível ficasse até R$ 0,25 mais caro nas bombas.
O vice-governador reconheceu que a padronização do ICMS ocorreu em um momento inapropriado, mas defendeu a medida.
“Infelizmente, além do timing ser ruim, a forma como esta discussão acabou ocorrendo não foi boa. O que que nós temos de positivo nisso? A regra é federal, todo mundo vai ter que seguir, em todos os Estados nós vamos ter alteração no preço final da gasolina, mas a mudança do modelo de tributação da gasolina vai fazer com que Minas Gerais não volte a ter um combustível tão caro como já teve no passado. A gente deixa de ter o combustível mais caro do país, como foi historicamente, e passa a ter um combustível em preço alinhado com o restante dos Estados. Então eu acho que para Minas Gerais, mesmo com esta alteração, o contorno final é positivo”, justifica.
Fonte: O Tempo