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Gasolina faz país voltar a ter alta na inflação em julho; alimentos aliviaram

Redação11 de agosto de 20235min0
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Após deflação em junho (-0,08%), IPCA de julho avança o,12% no país; confira evolução dos principais preços

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do Brasil apurada pelo IBGE,  foi de 0,12% em julho, 0,20 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de junho, que apresentou deflação de -0,08%. Assim, no ano, o IPCA acumula alta de 2,99% e, nos últimos 12 meses, de 3,99%, acima dos 3,16% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2022, a variação havia sido de -0,68%. A alta em julho teve como grande vilã o preço da gasolina, que subiu em média no país 4,75%, e contrariou expectativas de mercado de deflação para mês, a exemplo com o que aconteceu em junho.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta em julho. O maior impacto a maior variação, 1,50%, vieram de transportes, principalmente em função da alta de preço da gasolina. No lado das quedas, destacam-se os grupos habitação, -1,01%, e alimentação e bebidas, com queda de 0,46%.

No grupo dos transportes, o resultado foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços da gasolina (4,75%), subitem com a maior contribuição individual (0,23 p.p.) no índice do mês. Em relação aos demais combustíveis, foram registradas altas no gás veicular (3,84%) e no etanol (1,57%), enquanto o óleo diesel caiu 1,37%. As altas da passagem aérea (4,97%) e do automóvel novo (1,65%) também contribuíram para o resultado do grupo. Cabe destacar também a alta do pedágio (2,44%), devido a reajustes aplicados em diversas praças em São Paulo (3,24%), a partir de 1º de julho. O resultado do subitem táxi (0,09%) decorre do reajuste de 20,19% em Fortaleza (3,37%), a partir de 24 de julho. A queda de 2,40% de ônibus urbano foi influenciada pelo reajuste de -25,00% nas tarifas em Belo Horizonte, a partir de 8 de julho. Em ônibus intermunicipal (0,23%), houve reajuste de 7,24% em Recife, a partir de 10 de julho.

A queda do grupo alimentação e bebidas (-0,46%) deve-se, principalmente, à redução nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%), que já haviam recuado em junho (-1,07%). Destacam-se as quedas do feijão-carioca (-9,24%), do óleo de soja (-4,77%), do frango em pedaços (-2,64%), das carnes (-2,14%) e do leite longa vida (-1,86%). No lado das altas, as frutas (1,91%) subiram de preço, com destaque para a banana-prata (4,44%) e para o mamão (3,25%).

A alimentação fora do domicílio (0,21%) desacelerou em relação a junho (0,46%), em virtude das altas menos intensas do lanche (0,49%) e da refeição (0,15%). Em junho, as variações desses subitens haviam sido de 0,68% e 0,35%, respectivamente.

No grupo habitação (-1,01%), a maior contribuição (-0,16 p.p.) veio da energia elétrica residencial (-3,89%), por conta da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de julho. Reajustes foram aplicados em três áreas de abrangência do índice: de 2,92% em uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (-4,51%), a partir de 19 de junho; de -1,13% em uma das concessionárias pesquisadas em São Paulo (-5,54%), a partir de 04 de julho; e de 10,66% em Curitiba (3,53%), a partir de 24 de junho.

Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto (0,18%) registrou alta por conta do reajuste de 3,45% em uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (1,60%), aplicado a partir de 1º de julho.

No que concerne aos índices regionais, treze das dezesseis áreas apresentaram alta em julho. A maior variação foi em Porto Alegre (0,53%), em função da alta do preço da gasolina (6,98%). Já a menor variação foi registrada em Belo Horizonte (-0,16%), influenciada pelas quedas de 17,50% em ônibus urbano e de 4,30% na energia elétrica residencial.

Dados da inflação:

  • Julho de 2023: 0,12%
  • Junho de 2023: -0,08%
  • Julho de 2022: -0,68%
  • Acumulado do ano: 2,99%
  • Acumulado nos últimos 12 meses: 3,99%

Fonte: O Tempo

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