Aluna do Campus Muzambinho é a mais nova aprovada na University of Pennsylvania nos EUA
“Formar cidadãos críticos, criativos, competentes e humanistas”.
Essas palavras estão gravadas em aço em uma placa afixada na recepção do prédio administrativo do Campus Muzambinho, e o trecho compõe parte da missão institucional do próprio IFSULDEMINAS.
Este princípio tem norteado o processo formativo de muitos de nossos estudantes, como é o caso da jovem Luísa Manoela Romão Salles, Poços Caldense recém-formada no curso de Técnico em Informática integrado ao Ensino Médio.
Hoje, aos 19 anos, Luísa coleciona uma série de conquistas, e está iniciando um de seus maiores desafios: morar nos Estados Unidos como a mais nova aprovada na University of Pennsylvania (Universidade do Estado da Pensilvânia), onde buscará sua formação de nível superior naquela que é considerada a melhor universidade de negócios do mundo.
A trajetória de Luísa no campus Muzambinho teve início com seu ingresso no curso técnico em informática integrado ao ensino médio, ainda durante a pandemia, quando acompanhou remotamente as aulas durante os primeiros meses de sua formação.
Ao longo do período em que estudou nesta instituição, acumulou uma série de conquistas, dentre as quais destaca-se o primeiro lugar na maior competição de empreendedorismo jovem do Brasil, o Inova Jovem (UNICAMP), e também o 3º lugar no ITA CHALLENGE, prêmio ofertado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica. Além destas, também recorda com carinho algumas de suas medalhas conquistadas em competições como as de Matemática, Geografia e Astronomia.
Para Luísa, foi fator chave o apoio do Campus Muzambinho ao longo deste processo, o que aconteceu através incentivo para inscrições em olimpíadas, oferta de programas de preparação para as competições, além de oportunidade de participação em projetos científicos e de monitoria.
As recordações do Campus, no entanto, vão além dos méritos acadêmicos, e Luísa lembra o apoio que recebeu de professores que a incentivaram em sua jornada.
“Acredito que o principal fator foi o apoio da Aracele e alguns professores desde o primeiro ano, como a Augusta, Renato, Diego, o Heber e a Simone. Nesse processo, o apoio deles foi essencial, pois embora as matérias e algumas coisas externas me sobrecarregassem, o fato de ter pessoas ali que acreditassem em mim, juntamente com meus melhores amigos, tornou tudo mais leve”.
Além dos professores, Luísa fez questão de relembrar os amigos que fez enquanto estudou no Campus Muzambinho, pessoas a quem ela atribui a força necessária para superar os desafios e seguir no processo seletivo que a levou à aprovação para a Universidade da Pensilvânia.
“Acho que minhas experiências mais marcantes no campus foram com meus amigos, João Pedro, Ana Clara, Emily e Bryron. Eles foram literalmente a minha força para continuar participando dos projetos e premiações, além de seguir no processo seletivo”.
Quando questionada sobre o processo seletivo (ou application) para a universidade de Pensilvânia, Luísa explica que é necessário ter foco e dedicação, e que para isso é necessário, neste período, evitar tudo que não vá contribuir com o processo.
“É um processo de seleção que avalia QUEM você é, e não somente a suas capacidades em uma prova. Ainda assim, você precisa encarar como um processo seletivo. […] E se você for participar, cuide-se, vá a um psicólogo e foque no exercício físico, na boa alimentação, que vão te dar energia para continuar no processo e também para depois dele”.
Com os conhecimentos adquiridos na University of Pennsylvania, Luísa espera construir o embasamento necessário para, no futuro, trabalhar com a formulação de políticas públicas a partir de dados gerados por inteligência artificial; Com isso, pretende dar início a uma carreira no governo federal:
“O foco é automatizar tarefas governamentais e aumentar a acurácia da análise de dados para você formular, de fato, uma política pública” – contou Luísa.
Quando questionada sobre as expectativas para a jornada que se inicia na nova universidade, Luísa afirmou que esta é a melhor universidade de negócios do mundo, e que espera conhecer e estudar com professores que se destacam em suas áreas de atuação, inclusive com prêmios nobel; Além disso, espera conhecer e compartilhar experiências com colegas de todo o mundo. Segundo ela, essa é uma oportunidade que não se encontra em todos os lugares, salvo nos Estados Unidos da América.
Quanto às barreiras da língua e do nível de exigência da universidade, Luísa demonstrou-se pronta para o desafio: “O idioma vai ser um desafio, bem como manter as notas e ir além do meu próprio potencial, quebrando limites e barreiras” – afirmou.
A estudante espera poder levar um pouco das suas próprias experiências para, à sua maneira, demonstrar seu valor e o da educação que aqui recebeu:
“Vou levar meu jeito determinado, de unir as pessoas, e também vou levar uma Luísa que agora cuida da sua saúde mental e entende o quanto isso é importante para se ter uma boa vida e um equilíbrio.
Por fim, Luísa deixa uma mensagem de otimismo a todos aqueles que, como ela, pretendem buscar novos desafios
“ A gente pensa tanto sobre quem a gente quer ser, que a gente simplesmente não coloca em ação. Então “não pense, torne-se”. Essa frase é de uma obra que eu gosto muito, chamada “don’t think, become”. – Finalizou.
O que diz a mentora:
Aracele Garcia de Oliveira Fassbinder é Diretora de Desenvolvimento Educacional do IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho, e é citada pela estudante Luísa como sendo uma das grandes apoiadoras deste sonho que, hoje, é uma realidade.
A professora conta que foi com grande entusiasmo que escreveu a carta de recomendação apresentada por Luísa aos americanos. Além disso, fez questão de reconhecer o talento e esforço de Luísa”
“Ela, pra mim que leciono há cerca de 15 anos, é um fenômeno. Tem chegado a lugares e alcançado resultados que poucos alunos de escolas públicas conseguem. Estudar no exterior é seu sonho e ela está mais do que preparada para isso”.
Aracele conta que realizar um curso técnico integrado ao ensino médio é um grande diferencial para o currículo e formação dos alunos como indivíduos, bem como para sua preparação e ingresso imediato no mercado de trabalho ou curso superior.
Segundo a Diretora, no Campus Muzambinho os alunos dos cursos técnicos integrados possuem acesso a laboratórios de ponta, eventos científicos, projetos de iniciação científica júnior, cursos de línguas, entre outras atividades que complementam o ensino.
Por fim, Aracele pontuou que o exemplo de Luísa pode e deve influenciar alunos que possuem o sonho de realizar um curso superior fora do país; no entanto, reforça a importância da preparação: “[…] é necessário conhecer o processo, se preparar na língua inglesa, desenvolver um plano de desenvolvimento pessoal e de vida com ações voluntárias e outros projetos que tornam o currículo diferenciado de outros, pois o processo de seleção é rigoroso e a competição por uma vaga ocorre em nível internacional, entre pessoas que possuem habilidades e características de transformar espaços e comunidades, por onde passem!” – finalizou a diretora.
IFSULDEMINAS Campus Muzambinho