O que é sedentarismo? Descubra o que é e como sair dessa
Quando a pergunta “o que é sedentarismo?” vem à tona, tem quem acha que basta praticar atividades físicas que está tudo certo. Mas não é bem assim. Mesmo quem se exercita de forma leve e até 150 minutos por semana também pode entrar na lista de pessoas sedentárias. Se surpreendeu?
O grande “x” da questão é que o sedentarismo pode ser a porta de entrada para que uma série de doenças apareçam.
É por conta dele que 500 milhões de pessoas podem desenvolver algum tipo de doença cardíaca, obesidade e diabetes até 2030. O dado foi divulgado em um estudo feito em 194 países pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Só para se ter uma ideia, no Brasil, 40,3% dos adultos com mais de 18 anos são considerados sedentários, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS).
O que é sedentarismo? Saiba mais
A profissional de Educação Física Kelly Ilha explica que uma pessoa sedentária é aquela que não tem o hábito de fazer exercício físico, em qualquer idade: “Mesmo que seja uma pessoa ativa, mas que não faça atividade constante, é considerada sedentária”.
A rotina de trabalho intensa, somada a uma alimentação desorganizada, com pouco gasto energético e hábitos como fumar ou consumir álcool em excesso, contribuem para que alguém fique sedentário.
Mesmo as pessoas que fazem atividades no dia a dia com frequência, como lavar louça, podem ser sedentárias. Isso porque quando se pensa em “o que é sedentarismo?”, associa-se a questão a outro fator: o equivalente metabólico (MET).
O MET é a quantidade de energia que a pessoa gasta e o quanto de oxigênio ela inspira para manter o ritmo da atividade. É a partir desse cálculo que dá para saber o gasto calórico necessário para sair do sedentarismo.
Ao dormir, estima-se que alguém gaste algo em torno de 3.5 mL/kg/min de oxigênio. E para deixar de ser sedentária, uma pessoa teria que fazer, pelo menos, um gasto energético de 3 a 6 METs/minuto, durante 30 minutos, 5 vezes na semana. Isso corresponde a exercícios físicos moderados.
Já para quem curte algo mais intenso, aí a quantidade de vezes cai para 3 na semana, durante 20 minutos cada. Correr, por exemplo, a uma velocidade de 8 km/h, gasta 8 METs/min. Essa é considerada uma atividade intensa.
Já a caminhada, que é um exercício de leve a intermediário, em pouco mais de 6 km/h seria algo em torno de 4 METs/min. Nesse último caso, variam a intensidade dos passos e do quanto se precisa de oxigênio.
Entendeu o que é sedentarismo? E como deixar de ser uma pessoa sedentária?
Agora que a questão “o que é sedentarismo?” já está esclarecida, fica outra dúvida: como ter uma vida mais ativa? Saca só estas dicas.
1. Buscar ajuda profissional, médica e de educação física
Antes de sair batendo perna por aí, bacana mesmo é procurar ajuda médica para fazer exames e entender o que precisa ser cuidado. Assim, evita-se algum problema de saúde pela prática de exercícios por conta própria.
E, na sequência, buscar um profissional de Educação Física para saber quais são os exercícios mais indicados conforme o que se busca.
2. Encontrar o exercício físico mais próximo do seu gosto
Junto do profissional de Educação Física, chega o momento de encontrar a atividade que está dentro das possibilidades de tempo, dinheiro e preferência. Porque de nada adianta entrar de cabeça e desistir um tempo depois. E existem vários tipos de exercício.
Para quem quer ser rato de academia, a educadora física mandou avisar que a musculação oferece uma série de benefícios, como:
- aumentar a massa muscular e óssea;
- tratar doenças cardiovasculares;
- ajudar na melhora do sono;
- diminuir o estresse;
- evitar lesões.
Lembrando que o educador físico é o profissional habilitado e recomendado para sugerir os melhores exercícios de acordo com o perfil de cada pessoa.
3. Encarar a atividade física como algo bom, e não uma obrigação
Outro grande desafio encontrado por quem entendeu o que é sedentarismo e quer deixar essa vida de lado é manter a prática das atividades físicas. E um passo importante para ajudar no processo é compreender que, apesar de cansativo, fazer exercícios físicos gera uma série de vantagens para a saúde mental e física.
Quando se pratica alguma atividade de forma regular, é possível reduzir as chances de desenvolver depressão e ansiedade. E, de quebra, melhorar os processos de aprendizagem.
Assim, ao repetir várias vezes a ação da atividade física, cria-se um comportamento. Isso faz que a procrastinação fique de lado, facilitando que a tarefa entre na rotina.
Por fim, Ilha recomenda que a pessoa também mude a alimentação, comendo menos industrializados e frituras e diminuindo o excesso de sal e açúcar.
Para quem trabalha muito tempo sentado, ela sugere pequenas pausas de 10 minutos para se alongar, relaxar e movimentar o corpo. “Tem que ter um equilíbrio no gasto energético, no sentido de consumir menos e gastar mais energia”, finaliza ela.
A gente sabe que o início é mais complicado, mas depois que começa, tudo flui, com dias bons, outros nem tanto. E tá tudo bem! O importante é entender o que é sedentarismo e o mandar pras cucuias.
E para você que está buscando ter uma vida mais ativa, confira os artigos a seguir, com dicas de nutricionistas e profissionais de educação física:
Fonte: OMS, Agência Brasil, Kelly Ilha | Instagram, Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Fleury