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MG em alerta: baixa cobertura vacinal favorece retorno de doenças erradicadas

Redação20 de outubro de 202312min0
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Estado inicia Campanha de Multivacinação neste sábado (21); a ação será realizada em todas as cidades até o dia 4 de novembro

A baixa cobertura vacinal alerta as autoridades de saúde para o retorno de doenças já erradicadas, como a poliomielite. Em Minas Gerais, por exemplo, somente a vacina da BCG, que protege contra a tuberculose, atingiu a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. O estado imunizou 93% do público-alvo, média que é superior ao índice desejado de 90%. Em Belo Horizonte a vacina contra a varicela, que protege contra a catapora, é a que possui o melhor índice vacinal. A cobertura é de 82,6% em crianças de até 4 anos, abaixo do estabelecido, de 95%.

Com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal, Minas Gerais realiza entre os dias 21 de outubro e 4 de novembro a Campanha de Multivacinação. Serão ofertados imunizantes contra a hepatite, febre amarela, meningite, poliomielite, sarampo e HPV, entre outros, para crianças e adolescentes de até 14 anos. “É uma campanha fundamental para reduzir os riscos de reintrodução de doenças imunopreveníveis. Estamos fazendo um esforço muito grande para atingir as metas do Ministério da Saúde, e por isso fazemos um apelo para que a população atenda a esse chamado”, coordenadora Estadual do Programa de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Josianne Dias Gusmão.

Em Minas Gerais, cerca de 3 milhões de crianças e adolescentes poderão participar da campanha, sendo 400 mil somente em Belo Horizonte. Este não é o público-alvo da campanha, uma vez que ela é realizada com a finalidade de atualizar o cartão de vacina deste grupo. O objetivo, portanto, é de que a partir dessa ação seja possível atingir a meta de 90% para as vacinas BCG e rotavírus e de 95% para as demais, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde.

“Essa mobilização é muito importante já que as nossas metas estão abaixo do que é considerado adequado. Já fizemos algumas ações durante o ano, mas percebemos que alguns avanços ainda precisam ser feitos. Estamos aproveitando, então, essa mobilização, incentivada pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado, para conseguir fazer essa atualização do cartão vacinal. É um compromisso com a saúde pública”, destacou o secretário municipal de saúde, Danilo Borges.

Como consequência da baixa cobertura vacinal, o Brasil perdeu, em 2019, o certificado oficial de erradicação do sarampo. Isso porque o país não conseguiu controlar um surto da doença iniciado na região Norte, em 2018, e que se espalhou para os demais estados. “Em 2019 tivemos caso de sarampo em Minas. É uma doença imunoprevenível e que pode ser evitada com a vacina. A população precisa ter consciência da importância dos imunizantes”, alerta Josiane Gusmão.

Um dos exemplos, que reforça a importância das vacinas e justifica a imunização das crianças e adolescentes, é em relação a poliomielite. Até meados de 1980, a poliomielite causava paralisia em quase 100 crianças por dia no planeta, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Somente no Brasil, foram registrados quase 27 mil casos da doença de 1968 a 1989, ano da última notificação no país. Em 1994, as Américas receberam o certificado de eliminação da doença.

“Muita gente não conhece a paralisia infantil por causa das campanhas de imunização”, argumenta Josiane Gusmão. Esse alerta é o mesmo do secretário municipal de saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges. Para ele, pais e responsáveis por crianças e adolescentes precisam ter o compromisso de manter o cartão de vacina desses menores atualizados. “Existe uma falsa ideia entre alguns pais que a criança do outro estando vacinada garante proteção para a criança dele. Isso não é real. É importante que todas as crianças estejam vacinadas. Não temos falta de vacinas e os efeitos colaterais são baixissimos, ou seja, nada justifica não vacinar”, destaca.

Cobertura vacinal em BH é inferior a de MG

A cobertura vacinal abaixo da média de Minas Gerais é motivo de alerta em Belo Horizonte. Para se ter uma ideia, enquanto a média de imunizados com a vacina BCG em Minas é de 93%, acima da média de 90% definida pelo Ministério da Saúde, na capital mineira, apenas 54,1% do público-alvo recebeu o imunizante. A vacina é uma das que estarão disponíveis na Campanha de Multivacinação, que se inicia neste sábado (21 de outubro) e segue até o dia 4 de novembro.

“A gente atribui essa baixa cobertura a um fenômeno chamado de hesitação vacinal (quando as pessoas deixam de ir se vacinar). A baixa cobertura não é por causa da falta de imunizantes nas unidades de saúde, mas porque muitos deixaram de se vacinar, seja por causa dos efeitos colaterais ou até mesmo por causa dos questionamentos sobre a eficiência das vacinas”, justificou o secretário  municipal de saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges Matias.

Para ampliar a cobertura vacinal, o prefeitura realiza uma série de ações, algumas delas em parceria com escolas da rede pública. “Além de abrir os nossos centros de saúde aos finais de semana, temos essa mobilização com as escolas da rede municipal”, garante o secretário. Conforme Matias, a Secretaria Municipal de Saúde estuda ampliar essas ações com as unidades de ensino da rede estadual e particular. “Essas escolas não estão sob nossa responsabilidade, mas por meio dessa parceria a gente consegue ampliar essa cobertura”, acrescentou.

Campanha de Multivacinação

A Campanha de Multivacinação começa neste sábado (21 de outubro). Serão ofertadas vacinas previstas no Programa Nacional de Imunizações (PNI). A ação se estenderá até o dia 4 de novembro.

Onde se vacinar em MG?

As vacinas estarão disponíveis nas unidades de saúde de todo o Estado. “Importante destacar que em algumas cidades a imunização pode ocorrer fora dos centros de saúde, com campanhas em escolas e outros locais”, pontuou Josianne Dias Gusmão, coordenadora Estadual do Programa de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Onde se vacinar em BH?

Neste sábado (21 de outubro), centro de saúde estão abertos em todas as regionais. A vacinação será das 8h às 17h. Para conferir os locais os imuzantes serão aplicados, basta conferir o site da prefeitura, por meio do link.

A partir da próxima segunda-feira (23 de outubro), as vacinas contempladas na Campanha de Multivacinação estarão disponíveis em todos os centros de saúde da capital. A aplicação será realizada de acordo com o horário de funcionamento de cada uma das unidades.

Com o objetivo de ampliar o acesso da população às vacinas, a Prefeitura de Belo Horizonte irá disponibilizar a Carreta Inclusão Digital. Ela será um ponto extra de vacinação. A estrutura está disponível na avenida Senador Levindo Coelho, 2.280, no Vale Jatobá, no Barreiro. Haverá vacinação nos dias 25, 26, 27, 30 e 31 de outubro e 1º de novembro, das 10h às 18h30.

Quais documentos levar?

Para vacinar, é indispensável a apresentação do cartão de vacinação. As equipes de Saúde irão verificar a situação vacinal e permitir que a criança ou o adolescente atualize as doses faltantes. Também é recomendado levar um documento de identificação com foto.

Cobertura vacinal em Belo Horizonte

  • BCG

54,1% do público-alvo

  • Febre amarela

71,5% em crianças menores de 1 ano
87,8% em crianças de 4 anos

  • Hepatite A

73,7% em crianças menores de 1 ano

  • Meningo C +  ACWY

50,3% em crianças menores de 1 ano
52,7% em crianças de 1 ano

  • Penta + Hexa

65,4% em crianças menores de 1 ano
66,8% em crianças de 1 ano
77,5% em crianças de 4 anos

  • Pn10 + Pn13

65,2% em crianças menores de 1 ano
66,3% em crianças de 1 ano

  • Pólio

64% em crianças menores de 1 ano
68,3% em crianças de 1 ano
80,1% em crianças de 4 anos

  • Rotavírus

68,4% em crianças menores de 1 ano

  • Triviral

66,9% em crianças de 1 ano

  • Varicela

68,7% em crianças de 1 ano
82,6% em crianças de 4 anos

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte

Cobertura vacinal em Minas Gerais

  • DTP – 85,04%
  • Menigocócica Conj.C – 84,53%
  • Pneumocóccica – 88,26%
  • FA – 91,88%
  • Pentavalente – 88,66%
  • Pneumocóccica – 82,81%
  • Tríplice Viral – D1 – 93,04%
  • Varicela – 87,13%
  • Poliomielite(VOP/VIP) – 82,87%
  • DTP – 88,66%
  • Menigocócica Conj.C – 82,84%
  • Poliomielite – 88,86%
  • Rotavírus Humano – 81,51%
  • BCG – 93,41%
  • Hepatite A – 89,79%
  • Tríplice Viral – D2 – 78,43%

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

(O Tempo)

Redação


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