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Crianças brasileiras ficaram 1 cm mais altas e até 3% mais obesas, diz estudo

Redação2 de abril de 20245min0
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Levantamento da Fiocruz, em parceria com a UFMG, baseou-se na observação das medidas de mais de cinco milhões de pessoas com idades entre 3 e 10 anos

Um estudo do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cidacs/Fiocruz Bahia), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a University College London, revelou que as crianças brasileiras estão ficando mais altas e mais obesas. De acordo com a pesquisa, a estatura infantil, em média, aumentou 1 centímetro entre 2001 e 2014. Já a prevalência de obesidade entre os grupos analisados subiu até cerca de 3%. O levantamento baseou-se na observação das medidas de mais de cinco milhões de crianças brasileiras com idades entre 3 e 10 anos.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores utilizaram o banco de dados formado pela vinculação de três sistemas administrativos: o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), o Sistema de Informação de Nascidos Vivos (Sinasc) e o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan). O público-alvo do estudo foi dividido em dois grupos: nascidos de 2001 a 2007 e de 2008 a 2014. Foram levadas em conta as diferenças entre os sexos declarados, ou seja, foi estimada uma trajetória média de índice de massa corporal (IMC) e altura para meninas e outra para meninos.

Conforme a pesquisadora associada ao Cidacs/Fiocruz Bahia e líder da investigação, Carolina Vieira, os resultados mostram duas realidades opostas. “O aumento da altura está associado a desfechos positivos na saúde, como menor probabilidade de doenças cardíacas e derrame, maior longevidade, dentre outros, e também reflete o desenvolvimento econômico e as melhorias das condições de vida. Por outro lado, quando a gente olha para o avanço do número de pessoas vivendo com obesidade, principalmente o grupo das crianças, a gente vê os impactos negativos durante todo o curso de vida desse público.”

A pesquisadora classifica como preocupante os dados envolvendo a obesidade.“Uma criança vivendo com obesidade tem até cinco vezes a chance de se tornar um adulto obeso, além de ter maior risco de desenvolver doenças crônicas não transmissíveis. Sendo assim, espera-se que a carga dessas doenças crônicas e os custos associados a elas também cresçam. E, na ausência de uma ação efetiva e coordenada, as repercussões para a saúde pública nos próximos anos serão alarmantes, principalmente para os grupos de crianças vivendo em situação de pobreza,” finaliza.

Mais detalhes da pesquisa

O estudo constatou o aumento na trajetória média de altura do grupo de 2008-2014 de aproximadamente 1 cm em ambos os sexos, em relação ao grupo de 2001-2007. Quanto aos indicadores de IMC, houve um aumento de 0,06 kg/m2 entre meninos e 0,04 kg/m2 entre meninas, para ambos grupos. Na comparação entre os dois grupos, a prevalência de excesso de peso para a faixa etária de 5 a 10 anos aumentou 3,2% entre meninos e 2,7% entre meninas. No caso da obesidade, o aumento da prevalência passou de 11,1% para 13,8% entre os meninos e de 9,1% para 11,2% entre as meninas (um aumento de 2,7% e 2,1%, respectivamente).

Em relação à faixa etária de 3 e 4 anos, houve um aumento do excesso de peso em 0,9% entre os meninos e 0,8% entre as meninas. Já para a obesidade houve um aumento de 4% para 4,5% nos meninos e de 3,6% para 3,9% nas meninas, ou seja, um crescimento de 0,5% e 0,3%, respectivamente. Segundo a pesquisadora Carolina Vieira, este foi o primeiro estudo a usar dados longitudinais de medidas antropométricas – como peso e altura – em um grupo tão extenso para avaliar as tendências das trajetórias de IMC e altura.

Fonte: O Tempo

Redação


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