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Abril é o 11º mês consecutivo a quebrar recordes de calor, diz observatório

Redação8 de maio de 20247min0
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O recorde de calor em abril, anunciado pelo Copernicus, considera a temperatura média do ar do planeta – e destaca uma tendência alarmante

Cientistas do observatório europeu Copernicus informaram, nesta semana, que abril de 2024 foi o 11º mês consecutivo no qual se quebrou recordes de calor na Terra. Esse dado considera a média de temperatura do ar do planeta.

A cada mês se registra o mês mais quente registrado; entenda

  • O observatório europeu Copernicus reportou que abril de 2024 marcou o 11º mês consecutivo de recordes de calor global, continuando uma tendência alarmante que começou em junho de 2023. Este fenômeno destaca uma elevação contínua nas temperaturas médias do ar;
  • Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), destacou que, embora variações de temperatura associadas a fenômenos naturais como o El Niño ocorram, o aumento das concentrações de gases de efeito estufa está causando um acúmulo de energia nos oceanos e na atmosfera. Isso impulsiona as temperaturas globais a alcançarem novos recordes consistentemente;
  • Em abril de 2024, a temperatura média global do ar atingiu 15,03°C, o que é 0,61°C acima da média do período entre 1991 e 2020, e 0,14°C acima do recorde anterior para abril, registrado em 2016;
  • Além das temperaturas do ar, as temperaturas médias globais dos mares atingiram um novo recorde para abril, marcando 21,04°C. Este é o 13º mês consecutivo em que os mares registraram temperaturas recordes. Buontempo apontou que o fenômeno El Niño atingiu seu pico no início de 2024 – por isso, as temperaturas da superfície do mar no leste do Pacífico tropical começam a voltar a condições neutras.

Na prática, significa que desde junho de 2023 se registra o mês mais quente da história a cada mês que passa. O diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) fez o seguinte alerta:

Enquanto as variações de temperatura associadas a ciclos naturais como o El Niño vêm e vão, a energia extra retida nos oceanos e na atmosfera pelo aumento das concentrações de gases de efeito estufa continuará empurrando a temperatura global em direção a novos recordes.

Abril é o mês mais quente já registrado, diz observatório

Terra vista do espaço
(Imagem: Governo dos EUA)

Abril de 2024 foi o abril mais quente já registrado globalmente, segundo o observatório Copernicus. A situação é preocupante tanto na superfície quanto nos mares.

No mês em questão, se registrou uma temperatura média do ar de superfície de 15,03ºC – 0,61ºC acima da média entre abril de 1991 e 2020; e 0,14ºC acima do abril mais quente registrado até então, em fevereiro de 2016.

Nos mares, a temperatura média global chegou aos 21,04ºC, segundo o Copernicus. O valor também é o maior registrado para abril. E, no caso dos mares, é o 13º mês consecutivo que se bate recordes de calor.

Em comunicado, Buontempo explicou que o fenômeno climático El Niño atingiu seu pico no começo de 2024. Agora, as temperaturas da superfície do mar no leste do oceano Pacífico tropical estão voltando às condições neutras.

O que é El Niño?

O El Niño é um fenômeno climático natural que acontece a cada 2 a 7 anos, em média. Ele é caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, na região central e leste, próximo à costa da América do Sul.

Quais os efeitos do El Niño?

Esse aquecimento das águas altera os padrões de circulação atmosférica global, o que provoca mudanças significativas no clima em diversas partes do planeta. Entre os efeitos do El Niño no mundo, estão: mudanças nos padrões de precipitação (chuva), mudanças na temperatura e aumento de frequência e intensidade de eventos climáticos extremos.

Fonte: Olhar Digital

Redação


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