Quase 220 mil urnas serão usadas pela primeira vez nas eleições deste ano
RedaçãoAs eleições de outubro contarão com 219.998 urnas eletrônicas que nunca foram usadas. Os aparelhos são do último modelo desenvolvido pela Justiça Eleitoral, chamado de UE2022, e já foram entregues aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para distribuição aos 5.569 municípios que terão disputa. Elas substituirão o modelo 2011, que já encerraram seu ciclo de vida útil.
O quantitativo irá representar cerca de 38,5% de todas as 571.024 que estarão em uso. Além da nova remessa, estarão em operação aparelhos dos anos de 2013, 2015 e 2020. Apenas os equipamentos de modelo 2020 e 2022 serão 77% de todas as urnas reservadas para uso neste ano.
As novas urnas eletrônicas começaram a ser fabricadas em maio de 2023 pela empresa Positivo Tecnologia, vencedora de licitação realizada em 2021, em fábrica localizada em Ilhéus (BA). O software das urnas, no entanto, é desenvolvido integralmente pela Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A remessa do modelo 2022 é a segunda maior já adquirida pela Justiça Eleitoral e superou apenas a de 2020, quando foram compradas 224.999 unidades. Estas foram fabricadas antes das últimas eleições gerais, quando os eleitores votaram para presidente, governador, senador e deputados.
Para garantir a segurança exigida no processo eleitoral, as urnas eletrônicas são projetadas para uma vida útil de 10 anos ou de seis eleições consecutivas. Depois, há um descarte ecológico dos aparelhos que não serão mais utilizados, com a reciclagem de cerca de 99% das peças.
Os aparelhos de 2022 e 2020 são semelhantes em termos de inovações tecnológicas. Ambos contam com processador mais potente, que tornam as urnas 18 vezes mais rápidas que o modelo de 2015, e com nova tecnologia de criptografia, com certificação pública, para ampliar a segurança do sistema.
Além disso, todas as urnas eletrônicas, a partir destas eleições municipais, terão um novo recurso de acessibilidade para pessoas com pouca ou nenhuma visão. Esses eleitores contarão com uma voz sintetizada, batizada de “Letícia”, como um auxílio na hora do voto para garantir autonomia e o sigilo constitucional.
Ao chegar à seção eleitoral, o eleitor poderá informar ao mesário que necessita do apoio para receber um fone de ouvido que poderá ser utilizado na cabine de votação. A partir desse fone, haverá um guia pela “Letícia” na intenção de melhorar a compreensão das palavras pelo eleitorado com deficiência visual.
As urnas eletrônicas ainda terão números em Braille (em alto relevo) e tradução na Língua Brasileira de Sinais (Libras). A Justiça Eleitoral projeta que mais de 1,4 milhão de eleitores com deficiência irão às urnas neste ano. O primeiro turno para escolha de prefeito, vice e vereador será em 6 de outubro. Já o segundo turno, em 27 de outubro.
Fonte: O Tempo
