Minas é o segundo estado que mais consome sorvete no Brasil, aponta pesquisa
O clima tropical brasileiro e as típicas temperaturas elevadas desta época do ano aquecem a vontade de se refrescar. Com a chegada da primavera e a proximidade do verão, os mineiros recorrem ao sorvete para amenizar o calor, em uma sensação de sabor e refrescância. O Brasil comemora, hoje, o Dia do Sorvete, celebrado sempre em 23 de setembro, dia seguinte à chegada da primavera. Uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis (Abrasorvete) revela que Minas é o segundo estado que mais consome a guloseima no Brasil.
E o setor de fabricação de sorvetes se destaca no cenário industrial mineiro. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o estado tem 394 empresas registradas, sendo 98% de micro e pequeno porte e 2%, de médio, conforme dados de 2022 extraídos da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). O montante, segundo a entidade, representa quase 14% do total de empreendimentos no Brasil.
Conforme o estudo inédito da Abrasorvete, realizado em parceria com a Empresa Júnior da Fundação Getúlio Vargas (EJFGV), os estados que mais consomem sorvete são: São Paulo (20%), Minas Gerais (9,87%) e Rio de Janeiro (9,73%). Segundo o levantamento, 25,20% dos consumidores têm entre 25 e 34 anos, indicando que o sorvete é consumido por diversas faixas etárias. O formato mais popular é o sorvete de massa, com 73,47% de preferência, seguido por picolé com 13,20% e o Soft (casquinhas de fast food) com 10,93%.
A pesquisa revelou também que o consumo médio anual de picolé no Brasil é de 3,19 litros por pessoa, ou cerca de 45 unidades, por ano. Já o sorvete de massa registra um consumo médio de 5,94 litros por ano. Totalizando todos os formatos, o estudo indica o consumo de 9,1 litros de sorvete por ano. Vale destacar que cerca de 10% a 15% da população brasileira não consome sorvetes e não foram considerados no estudo.
Os principais motivos para o consumo de sorvete são: como sobremesa para 64,40% dos consumidores, durante passeios para 60,27% e como lanche para 21,20%. Além disso, 66,53% afirmam que o clima influencia sua decisão de compra, enquanto 33,47% não consideram a temperatura.
Quanto aos locais de compra, as sorveterias lideram com 69,6%, seguidos pelos supermercados 54,8% e restaurantes e cafeterias com 28,13%. Vale ressaltar que 17,7% dos respondentes indicam que não substituem o sorvete por outras sobremesas, de forma alguma. Isso sugere uma fidelidade ao produto ou uma preferência específica pelo sorvete que outras sobremesas não conseguem satisfazer.
O índice apontou que cerca de 56% do público que consome sorvetes têm renda de até dois salários mínimos, o que sugere que o sorvete ainda é uma das sobremesas mais populares no cardápio do consumidor brasileiro. A maioria dos consumidores, 67,46%, não possui nenhuma restrição alimentar. Isso sugere que a maior parte do mercado de sorvetes pode ser atendida com produtos tradicionais sem necessidade de adaptações especiais.
“Os dados da pesquisa reforçam a força do mercado de sorvete no Brasil, impulsionado por fatores como a diversificação dos produtos, dinamismo e modernização da indústria brasileira, além do aumento das temperaturas em algumas regiões. Isso abre um leque de oportunidades para o setor, e a entidade está pronta para apoiar esse crescimento”, reforça Martin Eckhardt, presidente da Abrasorvete.
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Fonte: O Tempo