Viajante do Tempo
Viajo no tempo quando as lembranças invadem meu o coração, permitindo que tudo o que vivi, mesmo que em um passado recente, flua em forma de palavras cheias de sentimentos.
Deixo-me levar pelas asas do vento e, lá do alto, sinto meu coração pulsar como o pêndulo de um relógio, movido pelas memórias de uma vida no interior de Minas Gerais.
Revivo momentos entre as folhas dos cafezais , o gado que pasta à beira da estrada e pequenas lojas de que vendem de tudo.
Revivo o cheiro do pao de queijo e sabor do bolo de milho.
Viajo pelas montanhas e pelas ruas de pedra, cheias de histórias. Nutro um romance secreto com o nosso céu azul onde a torre da igreja alcança, e quando minhas doces recordações me transportam para a simplicidade cotidiana do interior.
Eu me lembro de onde vivi . Interior onde a alegria de viver o simples transborda, cercada por coisas de verdadeiro valor, que o tempo jamais poderá apagar.
Texto dedicado a todos que atualmente por algum motivo já não vivem mais no interior, mas a essência interiorana continua latente em seus corações.
Por Daniela Van Dunem