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Comércio e serviços geraram quase 70% dos empregos criados em Minas Gerais

Redação17 de outubro de 20245min0
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O desempenho é considerado bom e representa um equilíbrio depois da retomada pós-pandemia que impactou o ano anterior

Impulsionado por uma economia aquecida e um segundo semestre com datas comerciais importantes como Dia das Crianças e Natal, os setores de comércio e serviços foram responsáveis por 67,2% do saldo positivo de empregos de Minas Gerais no mês de agosto.

Mesmo assim, as 14,5 mil novas vagas dos dois setores no mês representam uma redução de 13,6% em comparação ao mesmo período do ano passado, principalmente em relação ao setor de serviços, com uma queda de 18% na geração de empregos.

Os dados são de uma análise do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).

A análise considera apenas o número de empregos criados no período (21.682), o chamado saldo positivo, em que não são descontados os postos de trabalho fechados, utilizados na contagem do saldo geral do Estado.

A economista da Fecomércio MG, Fernanda Gonçalves, avalia que, mesmo com a queda na comparação ano a ano, o desempenho é bom, já que trata-se de um equilíbrio depois de uma retomada pós-pandemia que impactou o ano anterior.

“No ano passado os setores de comércio e serviços foram responsáveis por 77% do saldo positivo de empregos de Minas Gerais no mês de agosto. Em 2023 a gente teve o boom do pós-pandemia e agora em 2024 estamos tratando do equilíbrio, estabilização”, aponta a economista.

“Por mais que o mês, em um contexto geral, seja de aquecimento da atividade econômica, estamos tratando da porcentagem que está trazendo equilíbrio”, completa Gonçalves.

O levantamento da Fecomércio MG aponta que o comércio gerou 4.330 novas vagas de emprego em Minas Gerais no mês de agosto, o que representa 20% do saldo positivo de empregos formais do Estado. Já o setor de serviços foi responsável por 10.250 novas vagas, cerca de 47% deste saldo.

A entidade mostra ainda que as microempresas do setor de serviços foram as que mais geraram postos de trabalho no Estado em agosto, com 6,6 mil novas vagas. Em seguida, aparecem as microempresas do comércio, com 3,9 mil vagas.

Os negócios de grande porte dos setores de comércio e serviços obtiveram um saldo de 2.030 vagas de emprego no mês, enquanto as empresas de médio porte dos dois setores geraram 1.505 novos postos de trabalho. Já as empresas de pequeno porte do comércio criaram 445 empregos no oitavo mês do ano.

Fernanda Gonçalves aponta que, diferente do primeiro semestre, os meses da segunda metade do ano não são impactados pelo pagamento de contas, como impostos e matrículas escolares, além de contar com datas comerciais importantes para os setores de comércio e serviços.

“Tem todas essas taxas mensais que afetam uma parte maior do bolso do consumidor. Na segunda metade, a gente começa a se preparar para festas, Natal, Dia das Crianças, então começa a ter uma procura maior de pessoas para estar trabalhando nessas áreas”, explica.

Fonte: Diário do Comércio

Redação


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