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Tesouro Direto deixará de exigir preço mínimo de aplicação e vai dobrar o valor máximo; confira

Redação24 de outubro de 20245min0
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Atualmente, mesmo quem compra apenas uma única fração de um título, que é de 0,01, ou 1% do valor total desse título, precisa desembolsar pelo menos R$ 30

A partir do dia 18 de novembro, os investidores dos títulos do Tesouro Direto vão encontrar novidades. A Secretaria do Tesouro Nacional e a B3, operadora da Bolsa de valores de São Paulo e do mercado de renda fixa no Brasil, prepararam novas regras de aplicação mínima e máxima, e criaram um novo produto.

Uma das novidades é que não haverá mais valor financeiro mínimo para investir. Atualmente, mesmo quem compra apenas uma única fração de um título, que é de 0,01, ou 1% do valor total desse título, precisa desembolsar pelo menos R$ 30.

Com a mudança, o investidor vai pagar apenas o equivalente ao que adquiriu. Ou seja, se a pessoa comprar uma fração do título prefixado 2027, que hoje está valendo R$ 768,16, vai desembolsar R$ 7,68, e não mais R$ 30,72, que atualmente é o mínimo estabelecido pelo Tesouro para esse produto.

“A iniciativa visa oportunizar mais flexibilidade para investimentos no Tesouro Direto”, diz a B3 em um ofício circular. A empresa também anunciou que vai dobrar o limite máximo mensal de investimento por pessoa, de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões. Esse limite diz respeito ao total de títulos adquiridos pelo investidor durante um mês, e não a cada título comprado individualmente.

“Nos meses de vencimento e de pagamento de juros de títulos adquiridos anteriormente no Tesouro Direto e que ainda estejam na carteira do investidor, ao limite de R$ 2 milhões será acrescido o valor de resgate e dos juros dos referidos títulos”, explica a B3.
Outra novidade prevista para o quarto trimestre, mas ainda sem data, é o lançamento do Gift Card B3, um cartão-presente pré-pago, que permitirá a doação de créditos conversíveis em títulos públicos do Tesouro Direto.

A B3 atuará na emissão do cartão e ficará como depositária do valor até que o beneficiário efetue o resgate e utilize os créditos para aquisição de títulos públicos em seu nome. O cartão será válido para todos os produtos oferecidos pelo Tesouro Direto.

“O principal objetivo do Gift Card B3 é, em conjunto com as demais iniciativas, ampliar as ferramentas para o fomento da base de investidores no Programa Tesouro Direto, que agora também agregará a possibilidade de conceder títulos públicos federais como presente a terceiros”, diz a companhia.

O pagamento do valor doado no cartão será feito via Pix. O beneficiário, por sua vez, deverá ter conta em uma das corretoras habilitadas para resgatar o gift card, e acessar o portal do Tesouro Direto para informar o token e ativar o cartão. A B3 informará mais detalhes em breve.

O lançamento vem na esteira de outras estreias recentes do Tesouro, como o RendA+, voltado para o planejamento da aposentadoria, e o Educa+, que possibilita o cadastro e investimento para investidores menores de 18 anos e é pensado para o financiamento da educação de jovens.

Em agosto, o Tesouro Direto bateu recordes de aplicações, que somaram pouco mais de R$ 8,01 bilhões no mês, e de resgates, que chegaram a R$ 12,95 bilhões. Conforme dados divulgados na última segunda-feira (21), foram realizadas 716.115 operações no mês. As aplicações de até R$ 1.000 representaram 56,4% das operações totais.

(STÉFANIE RIGAMONTI/FOLHAPRESS)

Redação


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