Escolas particulares de Minas terão o maior reajuste do Brasil em 2025, diz pesquisa
Em 2025, o reajuste no preço da mensalidade das escolas particulares de Minas Gerais deve ser o maior do Brasil. No estado, o valor pago pelos pais deve subir 10% no ano que vem, em relação ao que é cobrado neste ano. O percentual foi revelado em um estudo feito pela consultoria Rabbit e divulgado pelo Educa Mais Brasil.
O levantamento aponta que, no geral, a expansão da tarifa escolar em todo o país deve ficar entre 8% e 10% – percentual acima da projeção de inflação oficial do país, de 4,5%, estipulada pelo Banco Central. O reajuste deve ser aplicado por 98% das instituições de ensino privadas. Atrás de Minas, aparece São Paulo com um aumento de 9,5%.
No Rio de Janeiro e nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte a média para a correção deve ser de 9%. Conforme o levantamento, o principal motivo para os reajustes é a recuperação de perdas ainda no período da pandemia. A alegação é que as escolas enfrentaram queda no número de matrículas, alta na inadimplência e na concessão de descontos.
A variação da mensalidade ainda considera a inflação acumulada, aumentos salariais dos professores e os investimentos em melhorias nas infraestruturas e tecnologias educacionais das escolas. A reportagem de O TEMPO procurou o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino no Estado de Minas Gerais (Sinepe-MG) para verificar se o reajuste proposto será mesmo de 10% e aguarda retorno.
Dá para fugir do reajuste?
De acordo com o Instituto de Defesa dos Consumidores (Idec), os pais que não concordarem com o reajuste podem optar por não efetuar a renovação da matrícula. “Nesse caso, a instituição de ensino tem o dever de entregar toda a documentação de transferência do aluno, ainda que este esteja inadimplente”, alertou o Idec.
Em contrapartida, conforme o órgão, a legislação permite que a escola negue a rematrícula de alunos inadimplentes. “Desde que não sejam submetidos a qualquer tipo de constrangimento, ameaça ou sanção pedagógica, como a realização de atividades de avaliação”, detalhou.
Fonte: O Tempo