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Clima impacta safra de cana-de-açúcar em Minas Gerais

Redação29 de novembro de 20245min0
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Crescimento pequeno se deve às condições climáticas desafiadoras ao longo da safra, quando houve chuvas irregulares, estiagem prolongada e altas temperaturas

Minas Gerais vai colher, na safra 2024/25, 81,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O volume, conforme o 3º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (28), está apenas 0,7% maior que na safra anterior.

O crescimento pequeno se deve às condições climáticas desafiadoras ao longo da safra, quando houve o registro de chuvas irregulares, estiagem prolongada e altas temperaturas.

No primeiro levantamento da Conab, divulgado em abril de 2024, a perspectiva era que o Estado colhesse 83,2 milhões de toneladas de cana, o que representaria, então, um volume 2,3% maior que na safra passada.

As condições climáticas impactaram de forma negativa o rendimento médio dos canaviais. Assim, houve queda de 2,3% na produtividade das lavouras, com a colheita de 85,5 toneladas de cana por hectare.

No relatório, os técnicos da Conab destacam que em Minas Gerais a produtividade menor foi resultado das condições mais restritas de precipitações no período de outubro a dezembro de 2023, e também a partir de abril de 2024 em todo o Estado, prejudicando, assim, o desenvolvimento vegetativo das plantas.

A perda na produtividade, no entanto, foi compensada pelo aumento de área, o que permitiu o crescimento da produção de cana. Na safra 2024/25 de cana-de-açúcar, houve expansão e 3,1% na área em produção, somando 958 mil hectares.

Condições climáticas afetaram produtividade, mas favoreceram ATR

Segundo os técnicos da Conab, em Minas Gerais as lavouras de cana enfrentaram condições climáticas mais adversas ao longo do ciclo produtivo.

Durante o período de outubro a dezembro de 2023, as chuvas foram irregulares e os volumes reduzidos, aliados ao aumento da temperatura. Já a partir da segunda quinzena de dezembro de 2023, as chuvas retornaram com maior regularidade, o que garantiu um melhor desenvolvimento das lavouras a partir de então.

Do início de 2024 até o final de março, as chuvas permaneceram abundantes no Estado e garantiram umidade no solo para que as lavouras se desenvolvessem satisfatoriamente. Porém, a partir de abril, as chuvas cessaram, houve uma estiagem prolongada e o nível de umidade no solo foi reduzindo.

“Os reflexos dessas adversidades climáticas foram a redução na produtividade dos canaviais, porém, com um incremento no Açúcar Total Recuperável (ATR)”, detalha o relatório da Conab.

O ATR representa a quantidade total de açúcares da cana. Neste parâmetro, a safra apresentou um desempenho satisfatório da matéria-prima colhida, apresentado uma média de 138 quilos de ATR por tonelada, 0,5% a mais que na safra passada.

Destaque na produção é o etanol hidratado

Ao longo do ciclo produtivo, houve uma maior destinação da cana-de-açúcar para o etanol, em detrimento do açúcar. Assim, Minas Gerais produzirá um volume de etanol total de 3,2 bilhões de litros.

Mesmo com mais cana destinada à fabricação, o volume está 2,8% menor que o registrado na safra 2023/24, porém, é 6% superior se comparado com a 2ª estimativa de safra divulgada pela Conab em agosto de 2024.

O destaque na produção é o etanol hidratado. Ao todo, serão 1,9 milhão de litros, superando, assim, em 1,7% o volume registrado no ano passado. Frente à 2ª estimativa da Conab, houve um avanço de 19,7% na produção do etanol hidratado. Já na fabricação de anidro, o volume estimado, 1,23 milhão de litros, está 10,4% menor.

Na safra 2024/25, a produção de açúcar será de 5,8 milhões de toneladas, portanto, 6,8% maior frente à safra 2023/24. Na comparação com o 2º levantamento da Conab, houve uma queda de 3,2% na produção do açúcar.

Fonte: Diário do Comércio

Redação


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