Desemprego atinge mínimas históricas em Minas Gerais

Refletindo a contínua melhora na dinâmica do mercado de trabalho, a taxa de desocupação em Minas Gerais alcançou 4,3% no último trimestre – uma queda de queda de 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2023, os indicadores apresentaram queda de 1,4 p.p. atingindo mínimas históricas e mantendo o otimismo para os próximos meses.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diferente do cenário nacional – que se manteve em 6,2% – Minas Gerais figurou entre os três estados que seguiram em queda, junto ao Paraná e Rio Grande do Sul.

Em patamares pouco acima dos níveis estaduais, Belo Horizonte apresentou taxa de desocupação de 4,6% no quarto trimestre de 2024. No período, a taxa para o mercado de trabalho na capital mineira registrou queda de 1,6 p.p em relação ao trimestre anterior e 2,1 p.p. na comparação com o mesmo trimestre de 2023.

O responsável pela Pnad em Minas Gerais, Humberto Sette, avalia que os resultados regionais e nacionais indicam a continuidade do bom momento do mercado de trabalho ao longo do ano passado. Segundo ele, os indicadores refletem o desempenho positivo da economia como um todo, que se mantém aquecida e avançando na criação de novos postos de trabalho com a contribuição da sazonalidade típica de fim de ano.

“O comércio está muito aquecido em Minas Gerais, bem como outros setores como indústria, transporte e logística, o que contribui para o desempenho da economia como um todo”, pontua.

Rendimento de trabalho em Belo Horizonte fica R$ 1.410 acima da média estadual

Ainda de acordo com o IBGE, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas atingiu R$ 2.987,00 em Minas Gerais. Os resultados, referentes ao quarto trimestre do ano passado, se mantiveram estáveis, tanto em relação ao trimestre anterior, quanto em relação a 2023.

No entanto, o Estado segue em patamares inferiores na comparação com a média nacional, que foi estimada em R$ 3.315,00, apresentando crescimento de 1,4% em relação ao trimestre anterior (R$ 3.268,00). Em relação ao último trimestre de 2023, o indicador também apontou elevação, de 4,3%.

Já o rendimento médio do mercado de trabalho em Belo Horizonte atingiu R$ 4.397 no quarto trimestre de 2024. Embora também em estabilidade, os números na capital mineira ficaram R$ 1.410 acima da média estadual e R$ 1.082 a mais que o resultado nacional.

Apesar da estabilidade, Sette, destaca que no longo prazo é possível notar os avanços de Minas Gerais. “Isso se reflete no aumento do mercado. Com mais pessoas trabalhando, a demanda fica mais escassa, o que valoriza a renda média dos profissionais”, acrescenta.

2025 promete resultados favoráveis para o mercado de trabalho

Para 2025, os primeiros sinais de estabilidade a nível Brasil e a perda de postos de trabalho decorrentes após o fim do período de festas, podem indicar que o Estado caminha para um menor avanço do mercado de trabalho. Além disso, indicadores econômicos, como a alta na taxa de juros e a instabilidade do mercado internacional, podem contribuir negativamente para esse cenário.

“Quando a gente avança para o primeiro trimestre do ano, temos um repique sazonal, com recuo nos postos de trabalho. A tendência é que Minas comece a entrar na estabilidade observada no País, porém com resultados ainda favoráveis”, conclui.

Fonte: Diário do Comércio