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Preço médio do frete aumenta quase 5% em Minas Gerais

Redação20 de fevereiro de 20255min0
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Custo chegou a R$ 7,57 no primeiro mês 2025; Veja também: Demanda por apartamentos com mais de 2 quartos sobe em BH

O preço médio do frete por quilômetro rodado avançou 4,7% em Minas Gerais e encerrou janeiro a R$ 7,57. A alta na comparação com dezembro foi impulsionada pelo preço do diesel e o aumento da taxa básica de juros (Selic), conforme aponta a última análise do Índice de Frete Edenred Repom (IFR).

Os resultados estaduais permaneceram acima da média nacional, que apresentou aumento de 2,35% ante dezembro, com preço médio em R$ 6,97. No período, o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL) avaliou que o custo do diesel no País teve alta de 0,48% no tipo comum (R$ 6,23) e aumento de 0,64% no tipo S-10 (R$ 6,31), ambos frente ao mês anterior.

Também impactando nos avanços, o aumento da Selic encareceu o crédito e elevou custo de insumos essenciais para as operações de transporte. Em meados de dezembro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou a elevação da taxa, de 11,25% para 12,25% ao ano, e em janeiro, o mercado se deparou com uma nova alta 1 ponto percentual, partindo para 13,25% – reforçando assim uma postura contracionista da política monetária.

Com esses resultados, o diretor da Edenred Repom, Vinicios Fernandes, revela que projeção a partir de fevereiro é de manutenção da tendência de alta no preço médio do frete, especialmente sob influência do agronegócio tanto em Minas Gerais quanto no Brasil. “O frete deve continuar subindo, impactado pelo aumento da demanda por transporte no setor. A alta é reflexo do atraso na safra, que tende a concentrar o escoamento da produção em um período mais curto”, detalha.

Também pressionando os preços, o aumento de tributações como do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a revisão para cima da tabela de frete devem elevar os custos ainda mais nas próximas semanas. Em Minas Gerais, no início deste mês, o preço médio do diesel saltou de R$ 5,96 para R$ 6,29 por litro em apenas uma semana – um acréscimo de R$ 0,33 (5,5%). Já o diesel S-10, o tipo mais comercializado do Brasil, saltou R$ 0,34, de R$ 6,06 para R$ 6,40.

Na época, especialistas já apontavam que os avanços poderiam gerar um efeito-cascata significativo no preço de produtos essenciais, como alimentos e transporte. Por estar inserido em uma malha totalmente viária, as oscilações positivas possuem alto potencial de impactar tudo o que é transportado, produzido e comercializado no País.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), Antonio Luis da Silva Junior, destaca o setor vive uma fase de turbulências em decorrência dos constantes aumentos no preço do diesel aliado ao aumento de impostos e o período de escoamento de safra.

Preços deverão avançar até 15% ainda em 2025

Para os próximos meses, o dirigente avalia que a tendência ainda é de novos aumentos, tanto pela perspectiva de avanços em outras frentes quanto para correções no próprio setor. “O diesel está aumentando, teremos a reforma tributária com chances de afetar no preço, além de uma correção de salários acima da inflação, ou seja, uma tempestade perfeita para aumentos expressivos”, argumenta.

Outro desafio mencionado está na defasagem do setor, que, segundo a Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas (ANTC), figura entre 13% a 17%. “Uma hora essa defasagem deverá ser corrigida e pode resultar em aumentos ainda mais expressivos”, pontua.

Até o final do ano, a expectativa do dirigente é que os fretes deverão avançar entre 10 a 15%, impulsionados pelas perspectivas de avanço na mão de obra, diesel, juros – que deverão permanecer elevados.

Fonte: Diário do Comércio

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