Gripe aviária em MG: professor explica como vírus chegou ao estado

Depois de Minas Gerais decretar, nessa terça-feira (27), situação de emergência sanitária animal por causa do risco de disseminação da gripe aviária, o Ministério da Agricultura e Pecuária esclareceu que o caso registrado no estado se refere a uma ave silvestre e que esses registros demonstram que a doença está sendo introduzida por aves migratórias que sobrevoam o território brasileiro. Algumas delas chegam contaminadas e contribuem para a disseminação do vírus, com explica o diretor do hospital veterinário do Uniarnaldo, Bruno Divino.

“Como que chegou essa doença aqui no Brasil? Ela veio, provavelmente, dos Estados Unidos através de aves migratórias, aves silvestres. E essas aves, trazendo esse vírus, tiveram contato com essas aves desse criatório. Então, ocorreu uma transmissão direta eh de aves entre ave e entre ave”, diz Divino, que destaca ainda que o vírus é transmitido para o homem se sofrer modificação.

“É uma modificação que demora. Hoje, essa transmissão entre aves já existe e a transmissão pro homem ela é muito rara. O que vai acontecer com aquelas pessoas que tiveram um contato? Elas vão vão ser monitoradas. Se tiverem sintomas gripais, vão ser coletados os materiais para ver se identificam ou não a presença daqueles vírus e elas vão ter que ficar ali por um período de isolamento, que é o mesmo período da gripe, para realmente conter a possibilidade desse vírus se espalhar. E isso tá sendo feito de uma forma primorosa pelos órgãos do Estado”, ressaltou.

O professor também tranquiliza a população sobre o consumo de carne de frango. “Todo mundo pode ficar muito tranquilo. Minas Gerais tá muito bem guarnecido pelos órgãos de fiscalização de produtos de origem animal, tanto Ministério da Agricultura quanto Instituto Mineiro de Agropecuária, quanto serviço de inspeção municipal. Então, uma coisa que é fundamental, sempre que for consumir esses produtos, carne e ovos, é buscar produtos que foram inspecionados ou pelo Serviço de Inspeção Estadual ou pelo Serviço de Inspeção Municipal. Isso garante a sanidade desses produtos. Então, Esse é um ponto fundamental”, reforça.

Se algum criador de aves perceber sintomas gripais em aves e tiver dúvida, a orientação do professor é acionar o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), ele tem vários canais de comunicação, ou então a própria Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater). “Eles vão deslocar algum servidor para fazer avaliação daquilo e tratar da forma mais rápido possível, mas sem causar alarde. Não tem risco pra população. Realmente o nosso serviço de inspeção, tanto de sanidade quanto de alimentos, ele é muito robusto e garante uma segurança muito boa para toda a nossa população”.

O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), também reforçou que, neste momento, não há risco para a saúde humana consumir ovos e carne de frango. A FAEMG (Federação da Agricultura de Minas Gerais), também reforçou que os casos dos três aves de Mateus Leme, na Grande BH, não representam impacto negativo para a produção e comercialização, já que não se trata de uma realidade em granja com muitas aves, como foi no Rio Grande do Sul.

Fonte: Itatiaia