Estresse financeiro atinge metade dos brasileiros e afeta saúde mental, aponta pesquisa

Uma pesquisa exclusiva da fintech Onze realizada com 8.701 pessoas, e publicada no site g1, mostra que 49% dos entrevistados consideram o dinheiro a principal fonte de preocupação — percentual superior a temas como saúde (19%), família (15%), trabalho (7%), violência (7%) e política (3%). O estudo abrange trabalhadores CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), autônomos (MEI), desempregados, aposentados e servidores públicos.

Entre os que apontam as finanças como prioridade, 61% não possuem dinheiro para emergências relacionadas à saúde ou para ajudar familiares. Atualmente, 51% afirmam que a renda mensal não cobre os gastos — 10 pontos percentuais a mais que no ano passado. Além disso, 63% não têm reserva financeira e 15% estão endividados sem nenhuma poupança.

Estresse financeiro afeta saúde mental e emocional

A instabilidade econômica impacta fortemente a saúde emocional: 72% relatam que suas finanças prejudicam seu bem-estar mental, com sintomas frequentes como ansiedade (65%), insônia (50%) e depressão (21%). A ansiedade relacionada ao estresse financeiro cresceu 12 pontos percentuais em relação a 2023.

Outro estudo realizado pela economista Isabela Tavares, da Tendências Consultoria, mostra que a parcela da renda disponível após gastos essenciais caiu de 42,45% em 2023 para 41,87% em 2024. Era 45,5% dez anos atrás. Isso indica perda progressiva do poder de compra das famílias brasileiras, forçando maior comprometimento com despesas básicas.

Isso porque, desde o governo do ex-presidente Michel Temer, foi abandonada a política de valorização do salário mínimo acima da inflação, uma marca dos governos petistas e que só foi retomada agora no governo do presidente Lula.

Causas e caminhos para superação

Especialistas apontam que a falta de organização financeira é a principal causa do estresse relacionado ao dinheiro. Ana Paula Netto, consultora da Onze, destaca a disciplina como caminho para a saúde financeira, enquanto Paula Bazzo, planejadora financeira, sugere que cada pessoa deve encontrar o método de organização que melhor funciona, seja uma planilha simples ou um controle mais básico, para evitar o peso emocional associado ao dinheiro.

Principais números da pesquisa da fintech Onze

• 49% dos entrevistados apontam o dinheiro como a principal preocupação, superando saúde (19%), família (15%), trabalho (7%), violência (7%) e política (3%).
• 8.701 pessoas participaram do estudo, incluindo trabalhadores CLT, autônomos, desempregados, aposentados e servidores públicos.
• 61% dos que se preocupam com finanças não têm dinheiro para emergências de saúde ou para ajudar familiares.
• 51% afirmam que a renda mensal não cobre as despesas — aumento de 10 pontos percentuais em relação a 2023.
• 63% não possuem reserva financeira para emergências.
• 15% estão endividados e sem poupança.
• 72% dizem que problemas financeiros afetam negativamente sua saúde mental.

Entre os sintomas ligados ao estresse financeiro, estão:

✔️65% ansiedade
✔️50% insônia
✔️21% depressão

📍Ansiedade relacionada a estresse financeiro cresceu 12 pontos percentuais em um ano.
📍A parcela da renda disponível após gastos essenciais caiu de 42,45% em 2023 para 41,87% em 2024, e era 45,5% há dez anos.
📍62% acreditam que a vida melhoraria com estabilidade financeira e melhor organização das dívidas.

Fonte: ICL Notícias