Minas vende mais café que minério e tem China como maior cliente
A balança comercial de Minas registrou um saldo de US$12,9 bilhões no primeiro semestre deste ano impulsionada por recordes históricos tanto nas exportações (US$ 21,5 bilhões) quanto nas importações (US$ 8,6 bilhões). E pela primeira vez em 15 anos as vendas de café superaram a comercialização de minério de ferro.
Conforme os dados divulgados ontem pela Fundação João Pinheiro com base em informações da plataforma Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, apesar da redução de 8,9% no volume do grão exportado no primeiro semestre de 2025 – na comparação com o primeiro semestre de 2024 – , houve crescimento de 61,2% no valor do produto, o que reflete a escassez da oferta global.
EUA, Argentina e Canadá na lista de parceiros comerciais
Ao mesmo tempo, as vendas de minério de ferro, na mesma base de comparação, tiveram queda de 24,2%, justificada por uma demanda menor da China no período. Ainda assim, o produto mantém-se como o segundo mais vendido pelo Estado, respondendo, em conjunto com o café, por 49,9% do valor exportado.
No período analisado, a China manteve-se como o principal destino das exportações mineiras (33,7%), seguida pelos Estados Unidos (11,6%), Argentina (4,7%) e Canadá (4,1%).
Minas também comprou mais dos chineses
As compras de máquinas e equipamentos mecânicos, especialmente de partes de turborreatores ou de turbopropulsores, lideraram as importações, com aumento de +24,3%, totalizando uma participação de 17,5% no total do Estado. Os produtos químicos orgânicos (+55,4%) tiveram participação de 6,6%, resultado influenciado pelo crescimento de 553,3% das compras de bifetrin, utilizado no combate a pragas na agricultura.
Já os produtos farmacêuticos (+130,9%) registraram participação de 6,1% na pauta de importações de Minas Gerais, aumento impulsionado pelas compras de outros produtos imunológicos (+246,3%) oriundas, principalmente, da Alemanha e de Porto Rico.
Minas comprou mais da China (25,8%) e dos EUA (13,5%). A Argentina foi o terceiro parceiro mais relevante no período, responsável por 8%, seguida pela Itália (5,9%) e Alemanha (4,6%).
Fonte: Hoje em Dia