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Passo a passo para administrar bem o cartão de crédito

Redação3 de setembro de 20256min0
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Especialistas apontam estratégias para usar o produto sem comprometer o orçamento familiar

Contrariando a percepção comum de que o cartão de crédito é vilão das finanças pessoais, dados de 2024 mostram que a maioria dos brasileiros consegue utilizá-lo sem se endividar.

Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) em parceria com o Instituto Datafolha,  87% dos consumidores fazem o pagamento integral da fatura no vencimento, evitando o crédito rotativo. A mesma pesquisa revela que 80% dos consumidores consideram o cartão de crédito um aliado no controle financeiro.

Apesar dos dados positivos, especialistas alertam para os riscos do uso inadequado. O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, destaca que “a maioria das mais de 70 milhões de pessoas inadimplentes no Brasil têm sua inadimplência originada do uso inadequado do cartão de crédito”. Segundo ele, a estratégia adequada para que cada consumidor escolha seu cartão passa por compreender que se trata de uma compra a prazo, não de uma extensão da renda pessoal.

Definindo limites compatíveis com a renda

O primeiro passo para o uso consciente envolve estabelecer limites adequados ao orçamento familiar. Domingos recomenda que o limite do cartão de crédito não ultrapasse 30% do salário ou ganho mensal. Para quem possui apenas uma fonte de renda, a orientação é manter apenas um cartão.

Mesmo com limite alto disponível, ele ressalta que é fundamental entender que não se deve acumular compromissos que não possam ser honrados na data de vencimento. A análise prévia da capacidade de pagamento deve considerar todos os gastos já programados.

Evitando o parcelamento excessivo

Embora o parcelamento sem juros seja atrativo, é necessário cautela. A facilidade pode levar ao comprometimento excessivo do orçamento futuro. Segundo orientações da Abefin, antes de parcelar qualquer compra, é necessário ter consciência de que isso trará custos mensais adicionais além das despesas já existentes.

O acúmulo de compras parceladas compromete o controle das finanças pessoais, já que as prestações se sobrepõem e acabam se confundindo com os gastos correntes. Para quem deseja abrir conta digital e utilizar um cartão on-line, a recomendação é trabalhar primeiro o orçamento pessoal.

Fugindo do rotativo a qualquer custo

Um dos maiores erros relacionados ao cartão de crédito é pagar apenas o valor mínimo da fatura. Dados do Banco Central mostram que o juro médio do rotativo atingiu 455,1% ao ano em maio, com inadimplência de 54% no mesmo período. Domingos enfatiza que, caso não seja possível quitar a fatura total, deve-se buscar “outra linha de crédito que não ultrapasse 2,5% ao mês”.

A orientação é evitar novos empréstimos, como cheque especial ou crédito pessoal, para quitar dívidas do cartão. A prática agrava a situação financeira, reduzindo a renda disponível.

Organizando gastos e aproveitando benefícios

Para transformar o cartão em ferramenta de organização, a sugestão é garantir o controle detalhado de todas as transações. Segundo pesquisa da Abecs, 70% das pessoas reconhecem que o cartão ajuda na organização de gastos durante o mês, já que todas as compras ficam registradas em um único extrato.

Os benefícios adicionais, como programas de milhas e cashback, devem ser aproveitados de forma consciente. Dados da pesquisa mostram que 76% dos consumidores consideram vantajoso o acúmulo de pontos, mas é importante ficar atento aos prazos de validade desses benefícios.

Cuidados especiais com cartão internacional

Para quem utiliza cartão de crédito internacional, as taxas adicionais exigem atenção. As compras são convertidas para a moeda do titular conforme a taxa de câmbio registrada na data de liquidação da transação, além da cobrança de tarifa de conversão de moeda estrangeira e IOF que pode chegar a 3,5%.

A recomendação é que cartões internacionais sejam utilizados apenas por quem já possui gerenciamento eficiente do orçamento mensal, evitando que se tornem vilões das finanças pessoais.

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