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Desigualdade de renda: mais de um terço dos trabalhadores brasileiros ganha até um salário mínimo

Redação10 de outubro de 20253min0
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Em contrapartida, apenas 7,6% da população ocupada tem rendimentos superiores a cinco salários mínimos.

Mais de 35% dos trabalhadores brasileiros sobrevivem com até um salário mínimo por mês, segundo dados preliminares do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (9). Em contrapartida, apenas 7,6% da população ocupada tem rendimentos superiores a cinco salários mínimos — o equivalente a R$ 6.060 naquele ano.

Esses números reforçam a concentração de renda no país. Em 2010, o cenário já era desigual: 36,4% ganhavam até um salário mínimo, enquanto 9,6% superavam cinco mínimos. Ou seja, tanto a base quanto o topo da pirâmide encolheram, mas a desigualdade permanece.

A maioria dos trabalhadores (32,7%) está na faixa de mais de um até dois salários mínimos — entre R$ 1.212,01 e R$ 2.424 em valores de 2022.

Já os que ganham acima de 20 salários mínimos (R$ 24.240 ou mais) representam apenas 0,7% da população ocupada.

Desigualdade também aparece no recorte regional

O rendimento médio mensal do trabalho no país é de R$ 2.851, mas esse valor varia fortemente conforme a região:

  • Norte: R$ 2.238 (78,5% da média nacional)
  • Nordeste: R$ 2.015 (70,7% da média)
  • Centro-Oeste: R$ 3.292 — a mais alta do país
  • Sudeste: R$ 3.154
  • Sul: R$ 3.190

Os estados com menores rendimentos são Maranhão (R$ 1.855), Piauí (R$ 1.905) e Bahia (R$ 1.944). Já os maiores salários aparecem no Distrito Federal (R$ 4.715), São Paulo (R$ 3.460) e Santa Catarina (R$ 3.391).

Desigualdade por gênero, cor e raça

O Censo também revela que a desigualdade vai além da geografia. Homens tiveram rendimento médio de R$ 3.115, 24% a mais do que as mulheres, que receberam R$ 2.506.

Por cor ou raça, o contraste é ainda mais evidente:

  • Amarelos: R$ 5.942
  • Brancos: R$ 3.659
  • Pardos: R$ 2.186
  • Pretos: R$ 2.061
  • Indígenas: R$ 1.683 — o menor rendimento entre todos os grupos.

Índice de Gini: o retrato da desigualdade

O Índice de Gini brasileiro ficou em 0,542 em 2022 — quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade.
As regiões Norte (0,545) e Nordeste (0,541) registraram os maiores índices, enquanto o Sul (0,476) teve a distribuição de renda mais equilibrada.

Fonte: ICL Notícias

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