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Inadimplência cresce e atinge quase 72 milhões de brasileiros, 43% da população adulta do Brasil

Redação16 de outubro de 20254min0
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Embora ainda elevado, o ritmo de crescimento desacelerou em comparação com agosto, revela pesquisa

O número de brasileiros com contas em atraso voltou a crescer em setembro de 2025. Segundo o Indicador de Inadimplência de Pessoas Físicas, elaborado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), houve aumento de 8,91% no total de consumidores negativados em relação ao mesmo mês de 2024.

Embora ainda elevado, o ritmo de crescimento desacelerou em comparação com agosto, quando a alta foi superior. Na variação mensal, de agosto para setembro, o avanço foi de 0,21%. O levantamento aponta que o país encerrou setembro com 71,86 milhões de pessoas inadimplentes, o que equivale a 43,14% da população adulta.

A alta foi impulsionada especialmente por dívidas com atraso entre três e quatro anos, que representam 34,46% do total. “O Brasil apresenta hoje um quadro de inadimplência estrutural: elevada participação de inadimplentes na população adulta, prevalência de dívidas de baixo valor, reincidência muito alta e recuperação que não acompanha o aumento do estoque de débitos”, avalia o presidente da CNDL, José César da Costa.

“Sem iniciativas coordenadas entre mercado, poder público e incentivo à educação financeira, o sistema de crédito permanecerá caro e excludente”, completa.

Faixa etária e perfil dos devedores

Os consumidores entre 30 e 39 anos seguem como o grupo com maior participação entre os inadimplentes, representando 23,56% do total. A distribuição por gênero é equilibrada: 51,18% mulheres e 48,82% homens.

Regionalmente, o Centro-Oeste registrou a maior alta anual no número de inadimplentes (8,16%), seguido de Norte (7,99%), Nordeste (7,59%), Sudeste (7,54%) e Sul (7,36%).

Em média, cada consumidor negativado devia R$ 4.801,45, distribuídos entre 2,22 empresas credoras. As dívidas de até R$ 500 representaram 30,55% dos casos, e quase 44% dos débitos não ultrapassam R$ 1.000, o que evidencia a predominância de valores baixos, mas recorrentes.

Influência do consumo digital

O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior, chama atenção para o impacto das redes sociais no aumento do consumo e, consequentemente, da inadimplência. “As plataformas conhecem profundamente o comportamento e os desejos dos consumidores, estimulando compras cada vez mais impulsivas”, afirma.

“Reduzir a exposição a esses estímulos – como limitar o uso das redes, desinstalar aplicativos de compras e sair de grupos de promoções – pode ser uma estratégia eficaz para evitar gastos desnecessários e facilitar o hábito de poupar”, recomenda.

Bancos concentram maioria dos débitos

O número total de dívidas em atraso subiu 15,07% em setembro, na comparação com o mesmo período de 2024. Na variação mensal, o aumento foi de 0,05%. Entre os setores credores, bancos lideram o crescimento, com alta de 17,75%, seguidos por serviços de água e luz (14,40%), comunicação (8,23%) e comércio (1,08%).

As instituições financeiras também concentram a maior fatia do total de dívidas, com 66,37%, à frente de serviços básicos (10,28%), comércio (9,39%) e outros setores (8,20%). Regionalmente, o Centro-Oeste novamente se destaca com o maior avanço no número de dívidas (15,60%), seguido de Norte (15,31%), Sudeste (14,13%), Sul (13,97%) e Nordeste (13,15%).

A região também lidera o percentual de inadimplência, com 46,42% da população adulta negativada. No Sul, o índice é o menor do país, com 38,42%.

Fonte: O Tempo

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