Sobe para 5 o número de casos suspeitos de sarampo em crianças sem registro vacinal em Minas
Subiu para cinco o número de casos suspeitos de sarampo em Minas. Os registros sob investigação são de crianças, moradoras de Uberlândia, no Triângulo. Diante dos riscos da grave doença – altamente contagiosa e que pode matar – uma série de ações têm sido adotadas, como a verificação do esquema vacinal.
As cinco crianças, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), não têm registro da tríplice viral – vacina que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. A pasta ainda informou que não há vínculo epidemiológico identificado.
Os dois primeiros casos foram registrados em 13 de outubro. São pacientes de 1 ano, que apresentaram febre, manchas vermelhas na pele e sintomas respiratórios leves. Elas estão em bom estado geral, em recuperação domiciliar, e seguem acompanhadas pelas equipes de Atenção Primária e Vigilância Epidemiológica.
Os outros três casos foram notificados na segunda (27) e na terça (28). A idade das crianças não foi informada. Elas permanecem sob monitoramento.
E a cobertura vacinal?
Conforme a SES, entre as ações adotadas estão bloqueio vacinal, busca ativa de novos casos, coleta de amostras laboratoriais e acompanhamento dos contatos próximos. As equipes municipais também foram orientadas a reforçar a notificação imediata de casos suspeitos e a verificação do esquema vacinal.
Questionada, a secretaria estadual não informou qual a atual cobertura vacinal contra o sarampo. Minas não registra casos autóctones – ou seja, com transmissão local – desde 2020, quando 22 ocorrências foram confirmadas. O último registro da doença foi em agosto de 2024, em um adolescente de 17 anos, morador de Belo Horizonte, com histórico de viagem à Inglaterra.
A Prefeitura de Uberlândia foi procurada, mas não se pronunciou até a publicação desta reportagem.
Sarampo: doença grave que pode matar
O sarampo é uma doença altamente contagiosa e pode causar complicações graves, principalmente em crianças pequenas e pessoas não vacinadas. É transmitido pelo ar, por meio da tosse, espirro ou fala, e apresenta sintomas como febre, manchas vermelhas, tosse seca, coriza e conjuntivite.
A vacina tríplice viral é a principal forma de prevenção e está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A aplicação é feita aos 12 meses, com reforço aos 15 meses, e deve estar em dia em todas as faixas etárias conforme o calendário vacinal.
O Ministério da Saúde recomenda cobertura mínima de 95% para evitar a reintrodução do vírus.
Fonte: Hoje em Dia








