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GRUPO GRÃO VERDE – Empresa dos irmãos Montéver cresce e amplia mercado na região

Julia Toledo9 de julho de 20187min0
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Os irmãos Claudinei e Valdinei Montéver são os grandes empreendedores da empresa Grão Verde, com lojas em Muzambinho, Cabo Verde e Botelhos.

O trabalho da empresa na comercialização do café, bem como a realidade do produto no mercado, foram temas de ampla entrevista, que contou com a participação do gerente Evandro Martins.

CONFIANÇA DESDE 1994

A Grão Verde teve início através do empresário Mário César de Oliveira, que deu oportunidade aos então funcionários Claudinei e Valdinei. No ano de 2010, os irmãos adquiriram a empresa, iniciando o Grupo Grão Verde. Ao longo dos últimos anos, a empresa teve um crescimento significativo na quantidade de café comercializado em toda a região. Valdinei valoriza a parceria e amizade com os produtores, resultando no sucesso conquistado pela empresa. Mais recentemente, passou a contar com novos armazéns em Muzambinho e Cabo Verde, além da inauguração de unidade no município de Botelhos.

EM CABO VERDE E MUZAMBINHO

Cabo Verde vive a monocultura, sendo também conhecida como a “Cidade do Café”. Nos meses de colheita, a movimentação é muito grande na cidade, repercutindo na economia local durante todo o ano. Em Muzambinho, o café também é muito importante, mas o município tem outras fontes significativas de renda.

TAMBÉM EM BOTELHOS

O gerente Evandro Martins destacou que o município de Botelhos tem crescido bastante no segmento do café. Com isso, a empresa implantou unidade na localidade em 2015. Depois de superadas as dificuldades iniciais, a empresa conquistou o seu espaço e credibilidade junto aos produtores. A nova estrutura foi recém-inaugurada nos antigos armazéns então utilizados pelo empresário João Batista de Abreu, compreendendo em torno de 3.600 metros de construção. A estrutura conta com máquina beneficiadora de café e amplos equipamentos. A localização é bastante privilegiada, facilitando o acesso de produtores de toda a região.

A FORÇA DO CAFÉ

No Sul e Sudoeste de Minas, a cafeicultura é a principal fonte de renda da maioria da população. Durante o período de colheita, é possível perceber o crescimento na movimentação do comércio. Muitos setores dependem do café, principalmente quando o produto está em alta e com bons preços. O próprio trabalhador tem a oportunidade de receber um pouco mais, melhorando a sua renda familiar. “O café realmente é a nossa potência e tem que ser valorizado”, disse Claudinei.

FALTA POLÍTICA

O empresário Claudinei, inclusive, lamentou a falta de uma política governamental adequada voltada para o mercado do café. Lembrou que no ano passado o agronegócio segurou o PIB brasileiro. Mesmo assim, não existe uma política voltada para o preço do café. Revelou que o produtor não está obtendo lucro com a sua mercadoria. “Aquilo que está segurando o Brasil hoje em termos econômicos não tem o seu devido valor. Infelizmente, estamos vivendo dias difíceis para o produtor, sem lucro e sem perspectiva”, lamentou.

Evandro Martins relata a alta do dólar como um dos fatores que prejudicam a exportação e também defende uma política de diminuição nos custos de produção do café. “O preço do café tem desanimado os produtores da nossa região”, disse Valdinei. Acrescentou que a maioria dos produtores não tem condições de colher o café de forma totalmente mecanizada. Apesar do crescimento no uso das chamadas “maquininhas”, o custo de colheita ainda é alto para o produtor. Defende uma política de comercialização que ajude o produtor neste momento de colheita.

BAIXA COLHEITA

O período é de safra baixa na região. Atuando na macrorregião entre Monte Santo de Minas e Machado, a Grão Verde observa uma colheita menor, com redução estimada entre 30% e 35%. Na última semana, segundo Claudinei, um site especializado afirmou que a colheita entre Varginha e Muzambinho “está sendo um desastre”. Isto porque a baixa produtividade era esperada, mas estão sendo registrados números mais inferiores. Esta situação repercute diretamente na economia dos municípios.

GRANDE SAFRA EM 2019

Hoje, é esperada uma produção em torno de 58 milhões de saca em todo o país, considerando um ano de recorde. Claudinei prefere ser mais cauteloso para confirmar estes números. O Brasil consome em torno de 23 milhões de sacas de café, devendo o restante ser destinado à exportação. A nível mundial, a produção é estimada em torno de 160 milhões de sacas, com o consumo de 157 milhões.

Mas na região da Baixa Mogiana a colheita será aquém do esperado neste ano e muito grande no ano que vem. Até porque o produtor “esqueletou” o seu café e renovou as suas plantas. Numa ação de apoio ao produtor, a Grão Verde adianta 300 reais por saca, possibilitando condições para aguardar melhores preços futuros. No ano passado, a empresa recebeu em torno de 320 mil sacas de café na região.

INDUSTRIALIZAÇÃO

O Grupo Grão Verde também está industrializando o café. O produto torrado e moído já está sendo distribuído nos supermercados da região. Portanto, o consumidor tem acesso a um café de qualidade e com preço bastante acessível. São três linhas de café disponibilizado pela Grão Verde no mercado: Gourmet, Tradicional e Extra Forte. Os produtos terão três marcas: Montanhas Gerais, Essência das Montanhas e Vó Iracema, este último numa homenagem familiar.

Fonte: A Folha Regional

Julia Toledo


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