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Geralmente negligenciadas na rotina de cuidados, mãos merecem atenção

Julia Toledo6 de agosto de 201810min0
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Segundo especialistas, ações simples são capazes de prevenir manchas precoces e outros males

Você está à vontade para estender a mão ao cumprimentar alguém? E a saúde dos pés, segue em dia? Pois saiba que tais membros têm a pele até mais sensível que a do rosto e também sofrem os efeitos da exposição solar e de desgastes comuns ao passar dos anos, o que pode não só “derrubar” o visual como ser porta de entrada para doenças.

Em relação à estética, a dermatologista Joana Barbosa explica que o envelhecimento cutâneo das mãos envolve dois processos principais: mudança na textura e perda de volume. “A mudança na textura inclui pigmentação da pele, atrofia, e aparecimento de rugas. A perda de volume ocorre por diminuição do tecido celular subcutâneo e músculo. Todas essas alterações resultam em maior visibilidade dos vasos e tendões, aspecto de fragilidade e perda de elasticidade e tônus”, avisa.

E reforça a necessidade de prevenção, lembrando que o aspecto das mãos reflete o estilo de vida do indivíduo: “Em geral, as pessoas cuidam muito mais do rosto, protegendo a pele com chapéus, maquiagem, filtros solares e cremes antienvelhecimento. Ao contrário, simplesmente negligenciam as mãos, sequer fazem uso de protetor solar nessa parte do corpo e ou não reaplicam o produto ao longo do dia”.

SINAIS INCÔMODOS

Nas mãos, a dermatologista informa que a principal preocupação se refere à pigmentação adquirida no local, popularmente chamada de manchas senis (no entanto, o nome correto é melanose solar). As “pintas” aparentes e de tamanhos variados ocorrem principalmente em pessoas de pele muito clara e têm origem na exposição à luz solar durante a vida. “São lesões pigmentadas, planas e confluentes no dorso das mãos. O quadro é conhecido com melanoses solares e não se relaciona a risco aumentado de câncer de pele. Mas, esteticamente, produz incômodo e uma aparência indesejada.”

Outra queixa comum diz respeito à perda de volume das mãos, decorrente de uma absorção da gordura subcutânea local e da quebra das fibras elásticas e colágenas, o que possibilita a maior visualização dos vasos e tendões na região.

Para evitar as manchas, a médica reforça que a prevenção é fundamental. “Nunca é tarde para prevenir ou retardar o envelhecimento das mãos”, reforça Joana. Para tanto, informa que o ideal é usar produtos com fator de proteção alto (de preferência, acima de 30), retocando-o várias vezes ao dia e sempre que lavar as mãos. Também há luvas específicas que conferem efeito fotoprotetor, que devem ser usadas sempre que houver muita exposição ao ar livre (durante uma viagem, por exemplo). À noite, ela indica a aplicação de um bom hidratante, que pode ser combinado ainda a ácidos de abordagem antienvelhecimento (sempre e apenas sob prescrição médica).

Nos consultórios, a dermatologista aponta entre os tratamentos peelings, laser, luz intensa pulsada, preenchedores à base de ácido hialurônico e estimuladores de colágeno, como ácido poli-l-láctico e hidroxiapatita de cálcio. Já no campo das cirurgias, a lipoenxertia ou enxerto de gordura é uma opção para quem sofre com a aparência das mãos. “A técnica consiste na remoção de uma pequena quantidade de gordura de um local para que seja reinserido nas mãos, resultando numa região com a aparência mais jovem e volumosa. No entanto, o procedimento obviamente não interrompe o processo do envelhecimento e em um prazo médio de dois anos ocorre a reabsorção da gordura inserida”, avisa.

RESSECAMENTO

Nos pés, o passar dos anos causa ressecamento das extremidades dos calcanhares e dedos, aumento do número de varizes visíveis nas laterais e dorso, e afinamento da pele. “Pessoas que passam muito tempo do dia em pé ou que fazem uso de sapatos de calcanhares abertos apresentam maior intensidade desses sinais. As mulheres também têm um quadro mais precoce do envelhecimento devido à alteração hormonal da menopausa.”

No protocolo de cuidados, a especialista indica o uso diário de hidratantes, principalmente à noite. Também a esfoliação química (por meio de cremes) ou mecânica (com lixas) é indicada, mas apenas uma vez na semana já que em excesso podem piorar ressecamento e fissuras. Ela lembra ainda que cremes antisépticos/antiperspirantes são úteis e ajudam a manter a região sem odor e umidade. Já os recursos cirúrgicos estão relacionados ao tratamento das varizes localizadas.

Para finalizar, Joana Barbosa afirma que não apenas a estética está em jogo nos cuidados com mãos e pés. “Assim como a face, essas áreas de grande visibilidade no corpo merecem nossa atenção. Além da luz solar, outros fatores ambientais tornam essas regiões sensíveis não apenas ao envelhecimento precoce como também a doenças frequentes, a exemplo de infecções fúngicas e bacterianas.”

Conheça os tratamentos

Peelings

Usa-se muito os de ácido glicólico, ácido retinoico e ácido tricloroacético.

Lasers

Erbium e CO2, principalmente os fracionados, têm destaque, assim como a luz intensa pulsada, tecnologia luminosa não laser, muito empregada principalmente para o tratamento das manchas solares. O ácido hialurônico, preenchedor conhecido por seu uso em larga escala na face, também pode ser usado, a fim de diminuir os sulcos e as depressões na pele do dorso das mãos, que acentuam o contorno de veias e tendões musculares.

Bioestimuladores de colágeno

O ácido poli-l-láctico e a hidroxiapatita de cálcio são injetados na fina pele dos dorsos das mãos, atuando como estimuladores de fibroblastos, células que produzem colágeno, a fim de se restaurar a espessura da pele.

Use protetor!

Entre as particularidades anatômicas, o dorso das mãos tem uma espessura muitas vezes mais fina que do rosto, o que resulta em uma quantidade menor de fibras colágenas. Com isso, a radiação solar – que incide no rosto igualmente como nas mãos – consegue atingir níveis mais profundos da derme, a segunda camada da pele, e a destruição de colágeno consegue se fazer de maneira inesteticamente mais visível e precoce. Por isso, sinais indesejados como flacidez, rugas e ressecamento da pele se tornam mais evidentes com o passar dos anos.

Rotina de cuidados com as unhas

A dermatologista Joana Barbosa lembra ainda que as unhas são alvo frequente de problemas e doenças como onicomicose (infecção causada por fungos) e paroníquia (inflamação da pele ao redor da unha), que pode ser provocada por fungos e bactérias e tem como principal causa a umidade constante da mão, principalmente em pessoas que manipulam muito a água e produtos de limpeza. Ela é popularmente conhecida como mão de lavadeira ou unheiro. A seguir, conheça uma rotina ideal de cuidados:

» Cortar e aparar com lixas, de preferência de uso pessoal ou descartáveis

» O melhor formato é o arredondado nas mãos e quadrado nos pés

» O tamanho das unhas das mãos deve levar em conta algumas particularidades, como profissão, hábitos e hobbies

» Nos pés, deve se evitar unhas muito compridas porque podem gerar mecanismo de alavanca e descolar as unhas do leito. Isso deixa um aspecto feio e amarelado e pode levar ao acúmulo de sujeira e detritos

» A cutícula não deve ser retirada, pois isso deixa a unha desprotegida e facilita a entrada de fungos e bactérias.

» É preciso deixar as unhas livres de esmaltes uma semana por mês ou dois dias por semana, no mínimo. O uso ininterrupto de esmalte causa ressecamento e enfraquecimento das unhas, por isso a necessidade dessa pausa. Durante o intervalo, deve haver a aplicação de hidratantes próprios para evitar o ressecamento.

 

Fonte: uai.com.br

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