O caminho para a reinvenção das empresas tradicionais
Companhias do mundo inteiro estão assumindo uma postura disruptiva e trabalhando para uma reinvenção pautada pela inovação. Um caso de peso, a General Electric, uma das empresas mais icônicas de todo o mundo, anunciou que dobraria a quantidade de engenheiros de software na divisão, pulando de 5.000 para 10.000 pessoas. No Brasil, outra gigante, desta vez da indústria ferroviária, a RUMO, começou apostando na mudança do mindset interno há quatro anos, e hoje é umas das empresas âncoras do mais novo hub de inovação do Paraná – o Distrito Spark CWB.
Implantar a inovação no DNA de uma indústria símbolo da primeira Revolução Industrial foi a missão da RUMO e sua equipe de engenheiros. Em 2014, um núcleo de inovação começou a dar os primeiros passos para criar uma nova cultura interna. “Quando empresas de grande porte são pressionadas para inovar, agem normalmente da mesma forma, unindo-se a espaços tecnológicos, muitas vezes sem nem saber o porquê, apenas para dizer que agora sou inovador, nós fizemos o caminho inverso”, conta o CDO da RUMO, Roberto Rubio Puztmann.
A indústria ferroviária acordou para a era 4.0 e começou a apostar em tecnologias desenvolvidas de forma rápida, barata e acreditar na capacidade individual e pessoal dos próprios colaboradores e startups.
Sabendo disso a RUMO começou o caminho para sua revolução, partindo da criação de uma nova cultura interna, derrubando barreiras e gerando autoconfiança. “Colocamos áreas tradicionais juntas e começamos a provocar esses profissionais – as pessoas têm capacidade e se dedicam ainda mais porque é um projeto próprio”, conta Roberto Rubio.
Só então, depois de gerar valor para a companhia e exceder sua capacidade interna a empresa ganhou o mundo externo, já aberta a novas ideias e com maturidade para conectá-las com a operação. Uma escolha que deu tão certo que ganhou um espaço de conexão, com o objetivo de desenvolver relacionamentos sustentáveis, construtivos e equilibrados entre as organizações e entidades.
Esse espaço é o Distrito Spark CWB, o maior centro de conexões, desenvolvimento de inovação e tecnologia do estado do Paraná. Mais que um coworking, o Distrito é uma plataforma que conecta empreendedores, grandes empresas e investidores.
As empresas âncoras do espaço: RUMO, Grupo Financeiro Barigui e Bosch, acreditam que a inovação pode ir muito além de criar aplicativos, principalmente quando falamos de indústrias e tecnologias que podem impactar empresas do mundo inteiro.
“Para a RUMO, a aposta no Distrito vem da necessidade de mostrar para os novos players que a indústria ferroviária também inova. Uma oportunidade dentro dessa indústria pode ser a chance da vida de uma startup. Desenvolver uma solução que encaixe será extremamente disruptivo para ela e para toda a indústria ferroviária, que possuem característica bastante semelhante ao redor mundo”.
Distrito Spark CWB
Com uma proposta diferente, o Distrito Spark CWB viu em Curitiba a necessidade de criar um espaço para startups com um grau mais avançado de maturidade, com modelo de negócios já definido e que estejam interessados em escalar o negócio. “A plataforma do Distrito une em um mesmo lugar os diferentes setores do ecossistema de inovação, oferecendo mentorias, conexões com grande empresas e investidores e traz para perto a universidade, um diferencial fundamental para o ecossistema”, conta o head of experience do Distrito, Emiliano Agazzoni.
Fonte: Mariah Colombo