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As lições do CEO do Nubank para quem quer empreender.

Redação2 de setembro de 20186min0
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Dedico um tempo para pensar no meu calendário todos os dias.

*Por Exame.com

O Nubank é uma das startups brasileiras mais admiradas e promissoras. À frente da empresa está o colombiano David Vélez.

Com um negócio que faturou 566,8 milhões de reais em 2017 (só três anos depois de seu lançamento), ele certamente tem muito a ensinar para quem estuda abrir seu próprio negócio, ou ainda para quem já é empreendedor e precisa de inspiração.

Recentemente, Vélez deu uma entrevista à newsletter do Sequoia, fundo de venture capital norte-americano focado em empresas de tecnologia.

Na conversa, o CEO do Nubank fala sobre aprendizados importantes em sua trajetória, erros cometidos, organização pessoal, e indica o principal conselho que daria para quem está iniciando um negócio.

Leia a seguir alguns destaques da entrevista:

Hábito diário
Dedico um tempo para pensar no meu calendário todos os dias. Quando seu dia está engessado com compromissos e reuniões sem parada, é fácil ser reativo em vez de proativo. É como se você fosse refém de sua própria agenda. Eu costumava chegar ao fim do dia completamente destruído. Não gastava tempo suficiente pensando na próxima semana, ou mês ou trimestre.

Agora tento proteger uma hora da manhã e uma da tarde, quando desligo o Slack e não verifico o e-mail. Nesses momentos, posso ler, escrever ou simplesmente sair para uma caminhada. Tornou-se uma das partes mais importantes do meu dia. É quando eu sou mais criativo e quando tenho ideias que podem levar a empresa a novas direções. No início deste ano, por exemplo, eu estava lendo muito sobre o setor de serviços financeiros na China, e decidi levar alguns membros da equipe para ver por nós mesmos. Essa viagem acabou sendo transformadora. O Nubank agora tem uma estratégia muito diferente, baseada em parte no que aprendemos lá.

Conselho para empreendedores
Faça algo que a maioria das pessoas acha que é difícil. Quando você diz a alguém o que está começando, a reação deles deve ser: “Tem certeza de que quer fazer isso? Isso é muito difícil.

Isso é exatamente o que as pessoas disseram quando começamos o Nubank, e isso acabou sendo uma coisa boa. Se você tentar algo fácil, haverá cinco outras empresas fazendo a mesma coisa dois meses depois. Mas se você tentar algo difícil no começo, tudo ficará mais fácil assim que você passar por esses desafios iniciais. A competição será menor, porque todo mundo achou que era muito difícil. Recrutar pessoas boas será mais fácil, porque pessoas boas gostam de fazer coisas difíceis. E quando você tem pessoas melhores e menos concorrência, o aumento de capital fica mais fácil também.

Um erro cometido
Nos primeiros meses de Nubank, pedi a todos que estivessem aqui às 8:00 da manhã todos os dias. Eu vi isso como um teste do compromisso das pessoas, e eu era bem rígido com isso.

Mas foi difícil para a equipe. As pessoas têm horários diferentes, e algumas delas viajavam mais de duas horas. Um dos meus co-fundadores veio até mim e me incentivou a repensar a política. Eu percebi que estava contratando todas essas pessoas maravilhosas e basicamente não confiava nelas desde o primeiro dia.

Mesmo que eu tenha focado tanta energia na pontualidade, no momento em que mudamos essa política, eu realmente deixei passar. Eu acho que estou bem confortável em mudar minha mente. É importante ter essa flexibilidade, sentir-se à vontade para repensar. Isso faz parte do aprendizado. Flexibilidade é um ponto importante.

Se você andar pelo Nubank hoje, poderá ver alguém tirando uma soneca ou assistindo a um filme. Temos métricas e processos para nos informar se alguém está entregando, e é nisso que nos concentramos, não em um cronograma arbitrário que eu criei.

Unidade de tempo mais importante
Para mim, é uma semana. É assim que eu costumo medir o progresso. É tempo suficiente para fazer algo significativo. Eu mantenho uma lista de nossos principais objetivos e as coisas que precisam acontecer para nos levar até lá, e eu olho para isso algumas vezes por semana. Toda sexta-feira, quando vou para casa, sei se mudamos a agulha. Na maioria das vezes, a resposta é positiva, e eu mal posso esperar para voltar na segunda-feira e ver o que vamos fazer em seguida.

*Por Mariana Desidério para exame.com.

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