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Dólar sobe nesta sexta, após fechar abaixo de R$ 4 no dia anterior

Julia Toledo28 de setembro de 20185min0
dolar
Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,85%, vendida a R$ 3,9931.

O dólar opera em alta nesta sexta-feira (28), após fechar abaixo de R$ 4 no dia anterior, com o mercado financeiro de olho no cenário eleitoral e o exterior justificando uma correção.

Às 10h34, a moeda norte-americana subia 0,48%, vendida a R$ 4,0124.

No mês, até a quinta-feira, o dólar caía 1,94% e, no ano, subia 20,5%.

De acordo com a Reuters, a formação da taxa Ptax de final de mês, no entanto, tende a deixar o mercado mais técnico no período da manhã, o que pode se traduzir em mais oscilações. O cenário eleitoral também influenciava os negócios, a pouco mais de uma semana do primeiro turno das eleições presidenciais.

O Banco Central concluiu na véspera a rolagem do vencimento de swap cambial –equivalente à venda futura de dólares– de outubro e, após o fechamento do mercado, já anunciou o início da rolagem de novembro a partir da próxima segunda-feira (1). A oferta será de até 7,7 mil contratos que, se mantidos até o final do mês, rolarão integralmente o total de US$ 8,027 bilhões em swap que vencem no penúltimo mês de 2018.

Última sessão
Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,85%, vendida a R$ 3,9931. A última vez que o dólar fechou abaixo de R$ 4 foi em 20 de agosto, quando encerrou a sessão a R$ 3,9566.

O mercado de câmbio refletiu o fluxo de ingresso de recursos para o país e desmonte de posições compradas, com os investidores menos assustados quanto ao cenário eleitoral em sessão ainda marcada por melhora no cenário externo, depois que o Federal Reserve (BC dos EUA) sinalizou quatro altas de juros nos Estados Unidos até o final de 2019.

Segundo o Valor Online, profissionais de mercado comentaram que um amplo ajuste de posições contribuiu para o alívio no câmbio em meio à percepção de que o resultado eleitoral poderia não trazer efeitos tão negativos para o mercado.

O Bank of America Merrill Lynch (BofA) decidiu elevar a recomendação dos bônus brasileiros – dívida externa do país – para a média do mercado, avaliando que os riscos eleitorais do Brasil estão menos “assimétricos”.

Novo patamar e perspectivas
A recente disparada do dólar aconteceu em meio a incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.

Investidores passaram a comprar dólares em resposta a pesquisas que mostram intenção de voto mais baixa para candidatos considerados mais pró-mercado. Na avaliação do mercado, os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto são menos comprometidos com determinados modelos de reformas econômicas considerados fundamentais para o ajuste das contas públicas.

Na prática, as flutuações atuais ocorrem principalmente conforme cresce a procura pelo dólar: se os investidores veem um futuro mais incerto ou arriscado, buscam comprar dólares como um investimento considerado seguro. E quanto mais interessados no dólar, mais caro ele fica.

Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes. O mercado tem monitorado ainda a guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais e a crise em países como Argentina e Turquia.

A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,83 para R$ 3,90 por dólar, segundo o último boletim Focus do Banco Central. Para o fechamento de 2019, avançou de R$ 3,75 para R$ 3,80 por dólar.

 

Fonte: G1.com.br

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