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Forte estiagem e fogo ameaçam a safra de café 2021.

Redação27 de setembro de 20203min0
A paisagem das montanhas de Minas, mudaram na região.

Fogo e seca deixam a principal atividade agrícola, a cafeicultura em alerta. Incêndios tem encontrado nos cafezais prejudicados com a forte estiagem e com muitas folhas e galhos secos um material de fácil combustão.

A estiagem já afeta a safra de café de 2021. Preocupação dos cafeicultores é em preservar as plantas em altas temperaturas. Em Cabo Verde, Marcos Carvalho mostra a lavoura que está sendo esqueletada, antes da forte estiagem 60% das plantas passariam pelo procedimento para renovação do cafezal mas para preservar as plantas 80% dos pês de café deverão ser esqueletados. “Eu panejei esqueletar apenas uma parte da lavoura, mas com a seca vi que as plantas estavam sofrendo, o que me fez ampliar a área para preservar o cafezal”, explica Marcos Carvalho gerente Assprocafé (Associação De Produtores De Cafés Especiais).

A situação é a mesma por todo o cinturão do café arábica no Sul de Minas, mesmo com a leve chuva do início da primavera os incêndios são outra ameaça que o tempo seco traz para as lavouras. Em Muzambinho no bairro “Santa Gabriela” um incêndio começou as treze horas e só foi controlado as três da manhã. O fogo destruiu pastagens e chegou bem perto de lavouras de café. Para controlar as chamas e evitar que o cafezal pegasse fogo a família Miranda trabalhou junto com os vizinhos para controlar as chamas.

Na maior cooperativa de café do país, os técnicos sabem que a safra do próximo ano já está comprometida, a estiagem de mais de 150 dias e as altas temperaturas afetaram a florada como explica o engenheiro agrônomo da Cooxupé Mário Ferraz: “Com certeza, em 2021 já teríamos uma safra menor que em 2020, por conta da bianualidade. Os anos ímpares tem a característica das baixas safras, com a forte estiagem e as altas temperaturas a florada principal já foi prejudicada. O índice de florescimento foi comprometido, se tivermos chuvas acima de dez milímetros vai induzir as flores, e vão abrir, mas é o desenvolvimento desta florada que ainda não temos condições de avaliar como será”, encerra o engenheiro.

 

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